Berliner Boersenzeitung - Brasil sufoca entre incêndios e poluição

EUR -
AED 4.265501
AFN 79.959635
ALL 97.551953
AMD 444.46094
ANG 2.078392
AOA 1064.918946
ARS 1479.215873
AUD 1.786713
AWG 2.090354
AZN 1.975233
BAM 1.953542
BBD 2.336991
BDT 140.48763
BGN 1.955288
BHD 0.437871
BIF 3449.133381
BMD 1.161308
BND 1.489103
BOB 7.996758
BRL 6.445372
BSD 1.157437
BTN 99.603607
BWP 15.636284
BYN 3.787891
BYR 22761.632973
BZD 2.325003
CAD 1.595718
CDF 3351.534207
CHF 0.932877
CLF 0.029202
CLP 1120.604148
CNY 8.342492
CNH 8.343457
COP 4651.920352
CRC 584.01805
CUC 1.161308
CUP 30.774657
CVE 110.156182
CZK 24.645271
DJF 206.112842
DKK 7.462018
DOP 69.630616
DZD 151.409562
EGP 57.379284
ERN 17.419617
ETB 160.638231
FJD 2.620376
FKP 0.864967
GBP 0.865772
GEL 3.147341
GGP 0.864967
GHS 12.066081
GIP 0.864967
GMD 83.032941
GNF 10043.991577
GTQ 8.881227
GYD 242.061922
HKD 9.115094
HNL 30.291815
HRK 7.533981
HTG 151.96857
HUF 399.328456
IDR 18944.298088
ILS 3.900177
IMP 0.864967
INR 100.097538
IQD 1516.315169
IRR 48905.571821
ISK 141.783813
JEP 0.864967
JMD 185.553506
JOD 0.8234
JPY 172.733501
KES 150.04462
KGS 101.556215
KHR 4639.377052
KMF 494.137152
KPW 1045.141109
KRW 1618.642786
KWD 0.354977
KYD 0.964555
KZT 618.16467
LAK 24960.557705
LBP 103709.044296
LKR 348.828414
LRD 232.070749
LSL 20.725305
LTL 3.42904
LVL 0.702464
LYD 6.294673
MAD 10.488378
MDL 19.676732
MGA 5174.798967
MKD 61.541866
MMK 2437.556121
MNT 4164.759726
MOP 9.357836
MRU 46.04312
MUR 53.082892
MVR 17.879229
MWK 2006.982842
MXN 21.792402
MYR 4.929731
MZN 74.276675
NAD 20.725305
NGN 1771.993034
NIO 42.597187
NOK 11.948638
NPR 159.3642
NZD 1.951822
OMR 0.446525
PAB 1.157262
PEN 4.106079
PGK 4.863112
PHP 66.422174
PKR 329.753675
PLN 4.258234
PYG 8959.149725
QAR 4.220231
RON 5.073642
RSD 117.113188
RUB 90.582059
RWF 1663.328239
SAR 4.35601
SBD 9.637515
SCR 17.053094
SDG 697.364694
SEK 11.299313
SGD 1.492652
SHP 0.912606
SLE 26.53569
SLL 24352.048595
SOS 661.435212
SRD 42.831338
STD 24036.726887
SVC 10.128082
SYP 15099.146569
SZL 20.721174
THB 37.684499
TJS 11.065269
TMT 4.07619
TND 3.409132
TOP 2.719903
TRY 46.891722
TTD 7.857306
TWD 34.174385
TZS 3026.120791
UAH 48.456698
UGX 4146.921328
USD 1.161308
UYU 46.823745
UZS 14790.516583
VES 135.832348
VND 30378.650865
VUV 138.934041
WST 3.205365
XAF 655.298379
XAG 0.030462
XAU 0.000348
XCD 3.138492
XDR 0.814981
XOF 655.298379
XPF 119.331742
YER 280.281768
ZAR 20.698338
ZMK 10453.163779
ZMW 27.055274
ZWL 373.940639
Brasil sufoca entre incêndios e poluição
Brasil sufoca entre incêndios e poluição / foto: EVARISTO SA - AFP

Brasil sufoca entre incêndios e poluição

"Mesmo que seja fumante, tenho sentido mais tosse do que o normal", diz, preocupado, o estudante Luan Monteiro no porto do Rio de Janeiro, que como muitas cidades brasileiras, vive há semanas com picos de poluição devido à onda de incêndios no país.

Tamanho do texto:

Em meio a uma seca extrema ligada à mudança climática, o Brasil sofre os efeitos da multiplicação de incêndios de norte a sul.

As nuvens de fumaça cobrem boa parte do território do maior país da América Latina - "até 80%" na semana passada -, segundo Karla Longo, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

São Paulo ficou vários dias no topo da classificação das cidades mais poluídas do mundo, segundo a empresa de vigilância de qualidade do ar IQAir, com sede na Suíça.

As máscaras voltaram a ser vistas, principalmente em Porto Velho e outras cidades da Amazônia, que vive sua pior onda da incêndios em quase duas décadas, segundo o observatório europeu Copernicus.

Na praia de Copacabana, o administrador paulista Celso Quijada, de 36 anos, conta que ficou impressionado com o céu cinzento que viu da janela do avião em seu voo de São Paulo para a Cidade Maravilhosa.

"Eu estava vindo de São Paulo para o Rio de Janeiro, de avião, e deu para ver, realmente, quando a gente olhou pela janela, muita fumaça preta", afirmou.

- "Toalhas molhadas"

Pelo menos 40% dos habitantes de São Paulo e Belo Horizonte, e 29% do Rio de Janeiro, afirmam que sua saúde foi muito afetada pela poluição, segundo uma pesquisa do Datafolha publicado na semana passada.

Em um dos maiores hospitais de Brasília, o atendimento a pacientes com problemas respiratórios foi 20 vezes maior do que o normal.

Para suportar o clima seco em Brasília, há mais de 160 dias sem chuvas, Valderes Loyola se protege com um ventilador, toalhas molhadas e baldes com água.

"Quando eu saio eu coloco minha máscara", disse à AFP a dona de casa de 72 anos, com boca e nariz tapados, enquanto caminha dentro da estação de metrô.

As aulas foram temporariamente suspensas em quase 40 escolas da capital, enquanto as autoridades recomendaram aos habitantes aumentar a ingestão de líquidos e evitar exercícios ao ar livre.

- Como fumar -

Especialistas indicam que a fumaça depositada no ar pelas queimadas gera efeitos comparáveis a fumar de quatro a cinco cigarros por dia.

A poluição do ar pode causar desde irritações a doenças respiratórias – como bronquite e asma – e o risco é maior quanto maior o tempo de exposição, segundo o pediatra Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Se os incêndios se tornarem recorrentes, "a tendência é que exista realmente essa situação todos os anos" no Brasil, disse à AFP a médica Evangelina Araújo, presidente do Instituto Ar.

As buscas na Internet por 'qualidade do ar' dispararam em todo o Brasil a níveis sem precedentes, segundo a ferramenta Google Trends, que também relatou um aumento nos termos 'umidificador' e 'purificador de ar'.

Em cidades como Brasília e Rio de Janeiro, fãs do nascer e do pôr do sol assistiram a espetáculos com tons avermelhados e alaranjados, atribuídos ao reflexo dos raios nas partículas poluentes.

- Sem monitoramento -

Especialistas criticam modelos antiquados na medição da qualidade do ar e falta de planos emergenciais no Brasil.

Com apenas 1,7% dos municípios com estações de monitoramento do ar e concentrados nas áreas mais povoadas e industriais do sudeste, o sistema "é muito precário e desatualizado", indicou Evangelina Araújo.

A especialista indica que apenas 20% destas estações tem capacidade para detectar as prejudiciais partículas finas (PM2,5) encontradas na fumaça.

O limite diário para as PM2,5 no Brasil é de 60 microgramas por metro cúbico, quatro vezes a recomendação da Organização Mundial de Saúde. Igualar esse nível a padrões internacionais levará mais de 20 anos, segundo uma resolução governamental.

(A.Lehmann--BBZ)