Berliner Boersenzeitung - Da Espanha à Polônia, a firme oposição dos agricultores da UE a um acordo com o Mercosul

EUR -
AED 4.293926
AFN 80.664061
ALL 97.673606
AMD 448.805894
ANG 2.092137
AOA 1072.008381
ARS 1473.86814
AUD 1.777194
AWG 2.107191
AZN 1.992006
BAM 1.954969
BBD 2.359897
BDT 142.119594
BGN 1.956648
BHD 0.440707
BIF 3438.141097
BMD 1.169038
BND 1.495564
BOB 8.093595
BRL 6.502078
BSD 1.168803
BTN 100.195413
BWP 15.604368
BYN 3.824874
BYR 22913.14706
BZD 2.347702
CAD 1.601524
CDF 3373.844424
CHF 0.930865
CLF 0.029161
CLP 1119.038818
CNY 8.380309
CNH 8.386416
COP 4674.983423
CRC 589.449462
CUC 1.169038
CUP 30.97951
CVE 110.795635
CZK 24.665189
DJF 207.761914
DKK 7.461795
DOP 70.497539
DZD 151.705573
EGP 57.855667
ERN 17.535572
ETB 160.045846
FJD 2.621276
FKP 0.861628
GBP 0.866082
GEL 3.16855
GGP 0.861628
GHS 12.162504
GIP 0.861628
GMD 83.590727
GNF 10119.194341
GTQ 8.978184
GYD 244.526067
HKD 9.176307
HNL 30.804608
HRK 7.533988
HTG 153.404797
HUF 399.5543
IDR 18972.787189
ILS 3.894218
IMP 0.861628
INR 100.328609
IQD 1531.439931
IRR 49231.122092
ISK 142.400984
JEP 0.861628
JMD 186.90056
JOD 0.828894
JPY 172.334969
KES 151.39488
KGS 102.232832
KHR 4700.702671
KMF 492.340851
KPW 1052.173978
KRW 1612.291055
KWD 0.357481
KYD 0.973978
KZT 610.670442
LAK 25169.39103
LBP 104721.265739
LKR 351.480608
LRD 234.977068
LSL 20.949609
LTL 3.451866
LVL 0.70714
LYD 6.307006
MAD 10.52427
MDL 19.78759
MGA 5178.839256
MKD 61.56729
MMK 2453.70284
MNT 4194.046924
MOP 9.450302
MRU 46.415189
MUR 53.168296
MVR 18.007558
MWK 2030.039055
MXN 21.79146
MYR 4.971339
MZN 74.772119
NAD 20.949604
NGN 1786.89858
NIO 42.962591
NOK 11.839321
NPR 160.312861
NZD 1.945479
OMR 0.449493
PAB 1.168808
PEN 4.145998
PGK 4.822327
PHP 66.037214
PKR 332.445259
PLN 4.266015
PYG 9058.149949
QAR 4.256005
RON 5.081579
RSD 117.102724
RUB 91.189371
RWF 1676.400657
SAR 4.384424
SBD 9.733981
SCR 16.480784
SDG 702.011685
SEK 11.176827
SGD 1.496958
SHP 0.91868
SLE 26.307644
SLL 24514.149043
SOS 668.109564
SRD 43.49699
STD 24196.728708
SVC 10.226653
SYP 15199.779355
SZL 20.949595
THB 37.935718
TJS 11.296147
TMT 4.103324
TND 3.393762
TOP 2.738009
TRY 46.955356
TTD 7.940625
TWD 34.1849
TZS 3039.499492
UAH 48.831645
UGX 4189.219426
USD 1.169038
UYU 47.259913
UZS 14794.17774
VES 133.584256
VND 30528.845862
VUV 140.012408
WST 3.21431
XAF 655.672706
XAG 0.030416
XAU 0.000348
XCD 3.159384
XDR 0.812965
XOF 655.250067
XPF 119.331742
YER 282.732293
ZAR 20.963079
ZMK 10522.750076
ZMW 27.056616
ZWL 376.429796
Da Espanha à Polônia, a firme oposição dos agricultores da UE a um acordo com o Mercosul
Da Espanha à Polônia, a firme oposição dos agricultores da UE a um acordo com o Mercosul / foto: OLIVIER CHASSIGNOLE - AFP

Da Espanha à Polônia, a firme oposição dos agricultores da UE a um acordo com o Mercosul

As principais organizações agropecuárias de França, Alemanha, Espanha e Itália denunciam a negociação de um acordo entre a UE e o Mercosul. Mas as posições de seus governos contêm nuances e a França segue se opondo de maneira mais enfática.

Tamanho do texto:

O acordo permitiria aos quatro países negociadores do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) aumentarem suas cotas de entrada na UE de carne bovina, de aves e suínas, assim como de mel, açúcar e outros produtos.

Os sindicatos agropecuários da UE denunciam uma concorrência desleal, já que a produção desses alimentos no bloco sul-americano não está submetida aos mesmos requisitos ambientais e sociais nem às mesmas normas sanitárias em caso de controles defeituosos.

A Copa-Cogeca, que agrupa os principais sindicatos agropecuários da UE, pediu à Comissão Europeia - o órgão executivo do bloco - que "reavaliasse" o projeto de acordo e que impulsione "uma política comercial que defenda as rigorosas normas de nosso setor agrícola".

- Espanha

Na Espanha, os sindicatos expressaram sua preocupação, sobretudo em relação à pecuária.

É um acordo "antagônico com os interesses agrícolas da UE", que "anularia a maioria - senão todos - os esforços dos produtores da UE no difícil caminho para a transição climática", alerta a Associação Agrária de Jovens Agricultores (Asaja).

Até o momento não foram convocados protestos no país, mas a preocupação com esse acordo foi um fator importante nas manifestações de agricultores no início do ano.

O governo do socialista Pedro Sánchez é totalmente a favor da assinatura do acordo.

O ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação, Luis Planas, admitiu em meados de outubro que há setores que podem se ver afetados, como o da carne bovina, mas que "pode representar uma oportunidade para setores como o azeite de oliva, o vinho e os laticínios".

É um acordo "moderno e equilibrado", com um valor "estratégico para a Espanha" e "para a UE, em um contexto de tensões no comércio internacional", acrescentou.

- França

A mobilização é particularmente forte na principal potência agrícola do continente em termos de valor.

As organizações que representam o setor convocaram uma grande mobilização nesta segunda-feira, em um contexto de crise generalizada na agricultura.

"Uma auditoria da UE acaba de revelar deficiências no Brasil nos procedimentos de controle do cumprimento das normas sanitárias", indica a Federação Nacional Bovina da França.

"Apesar disso, a Comissão Europeia prossegue com convicção as negociações que assegurarão um acesso adicional de 99.000 toneladas de carne bovina sul-americana" à UE, formada por 27 países, acrescenta.

O presidente Emmanuel Macron afirmou no domingo em Buenos Aires que a França não assinará o tratado "tal como está" negociado e que não acredita que a presidente da Comissão o assinaria sem o apoio de Paris.

- Alemanha

A Alemanha, que com Angela Merkel se mostrava reativa ao acordo por causa do desmatamento da floresta amazônica, mudou de postura com a chegada de Olaf Scholz, que busca ampliar as exportações industriais.

A dissolução atual da coalizão governamental cria expectativas de uma nova reorientação no setor agropecuário.

A Associação Alemã de Agricultores (DBV) considera "urgente renegociar" um acordo que "levaria a substituir a produção nacional por importações com padrões do século passado, em detrimento dos consumidores, dos agricultores, dos animais, do meio ambiente e do clima".

"A agricultura da UE não consegue sobreviver sem mecanismos que compensem as diferenças entre as normas internacionais e europeias", alerta o presidente da DBV, Joachim Rukwied.

Até agora, os sindicatos alemães não convocaram nenhum protesto, o que não deve impedir a reunião de manifestantes na fronteira com a França, assim como na fronteira entre Espanha e França.

- Itália

A principal organização agrícola, Coldiretti, expressou em uma mensagem à primeira-ministra, Giorgia Meloni, sua "profunda preocupação" com um acordo que teria "efeitos devastadores no setor agroalimentar.

"Acreditamos que uma estreita colaboração com outros Estados-membros da UE, como França, que compartilham nossas preocupações, pode impedir a adoção do acordo em sua forma atual", acrescentou.

O Ministério da Agricultura não respondeu ao pedido da AFP para saber qual é a posição do governo.

- Países Baixos

O principal sindicato agrícola holandês, LTO, pediu para "parar as negociações", que constituem uma ameaça para a produção avícola e láctea.

Poderia, no entanto, ser "benéfico para o setor queijeiro e uma oportunidade para a horticultura, mas se trata de somas relativamente baixas", disse à AFP o assessor de estratégia política do LTO, Klaas Johan Osinga.

Osinga diz que os quatro partidos da coalizão governamental estão divididos sobre o tema.

- Polônia

O Ministério da Agricultura expressou suas "sérias reservas" sobre um projeto que "talvez traga alguns benefícios para a indústria, o transporte marítimo e alguns serviços, em detrimento da maioria dos segmentos da produção agroalimentícia".

Uma das principais organizações agrícolas, NSZZ RI Solidarność, pediu ao chefe de Governo, Donald Tusk, "bloquear" o projeto.

- Áustria

Os parlamentares da Câmara Baixa consideraram "incompatível" uma política que "restringe a produção agrícola na Europa impondo normas cada vez mais estritas ao mesmo tempo que impulsiona acordos comerciais antigos".

A maior associação agrícola afirmou que a suspensão das tarifas para os países do Mercosul colocaria "em perigo a agricultura" do país.

- Irlanda

Os representantes dos pecuaristas (ICSA) protestaram na Câmara Baixa do Parlamento, a poucos dias das eleições legislativas do fim do mês.

(Y.Berger--BBZ)