Berliner Boersenzeitung - Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito

EUR -
AED 4.304688
AFN 77.355324
ALL 96.579421
AMD 447.10003
ANG 2.098431
AOA 1074.764616
ARS 1698.533883
AUD 1.771797
AWG 2.112609
AZN 1.997128
BAM 1.95746
BBD 2.360802
BDT 143.347881
BGN 1.956252
BHD 0.441843
BIF 3469.249715
BMD 1.172044
BND 1.515285
BOB 8.099661
BRL 6.480587
BSD 1.172094
BTN 105.021364
BWP 16.48698
BYN 3.444921
BYR 22972.058926
BZD 2.357308
CAD 1.615018
CDF 2648.819464
CHF 0.931545
CLF 0.027232
CLP 1068.306688
CNY 8.252302
CNH 8.244344
COP 4474.19525
CRC 585.381385
CUC 1.172044
CUP 31.059161
CVE 110.356693
CZK 24.316218
DJF 208.296089
DKK 7.470824
DOP 73.420377
DZD 152.112583
EGP 55.772648
ERN 17.580657
ETB 182.087338
FJD 2.676601
FKP 0.875487
GBP 0.876027
GEL 3.153256
GGP 0.875487
GHS 13.46207
GIP 0.875487
GMD 86.149734
GNF 10245.42526
GTQ 8.981386
GYD 245.221656
HKD 9.120464
HNL 30.879184
HRK 7.535192
HTG 153.680312
HUF 386.28045
IDR 19588.075399
ILS 3.758804
IMP 0.875487
INR 104.961975
IQD 1535.502013
IRR 49372.346446
ISK 147.213174
JEP 0.875487
JMD 187.544226
JOD 0.831025
JPY 184.532486
KES 151.08862
KGS 102.495683
KHR 4703.807946
KMF 493.43086
KPW 1054.822384
KRW 1731.249821
KWD 0.360029
KYD 0.976828
KZT 606.5588
LAK 25385.875913
LBP 104961.714595
LKR 362.898427
LRD 207.460604
LSL 19.662669
LTL 3.460741
LVL 0.708958
LYD 6.353279
MAD 10.743597
MDL 19.843318
MGA 5330.383407
MKD 61.55124
MMK 2461.094974
MNT 4162.407764
MOP 9.394325
MRU 46.907574
MUR 54.090266
MVR 18.120241
MWK 2032.47139
MXN 21.098395
MYR 4.778468
MZN 74.905763
NAD 19.663173
NGN 1710.914853
NIO 43.135472
NOK 11.869118
NPR 168.034182
NZD 2.034147
OMR 0.450659
PAB 1.172049
PEN 3.947146
PGK 4.986228
PHP 68.641337
PKR 328.393552
PLN 4.206963
PYG 7863.365752
QAR 4.273114
RON 5.090308
RSD 117.397814
RUB 94.408949
RWF 1706.647134
SAR 4.396158
SBD 9.540574
SCR 17.72541
SDG 704.988668
SEK 10.85656
SGD 1.514433
SHP 0.879336
SLE 28.250554
SLL 24577.177236
SOS 668.64986
SRD 45.055127
STD 24258.940784
STN 24.520792
SVC 10.255433
SYP 12959.414354
SZL 19.660671
THB 36.80645
TJS 10.800882
TMT 4.113874
TND 3.430821
TOP 2.822001
TRY 50.15469
TTD 7.955542
TWD 36.945756
TZS 2924.24973
UAH 49.560324
UGX 4192.555035
USD 1.172044
UYU 46.018235
UZS 14090.587304
VES 327.250345
VND 30839.403086
VUV 142.286183
WST 3.269255
XAF 656.488457
XAG 0.017381
XAU 0.000269
XCD 3.167507
XCG 2.112437
XDR 0.815493
XOF 656.502472
XPF 119.331742
YER 279.474275
ZAR 19.614392
ZMK 10549.805058
ZMW 26.518808
ZWL 377.397633
Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito
Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito / foto: Rodrigo BUENDIA - AFP

Equador enfrenta crise diplomática após invasão de embaixada do México em Quito

O Equador se viu envolvido em uma crise diplomática neste sábado (6) devido à rejeição gerada na América Latina pela invasão assalto de suas forças de segurança à embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Tamanho do texto:

A operação impactante, sem precedentes no mundo, levou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, a romper imediatamente as relações diplomáticas com o Equador. Nicarágua imitou esta ação neste sábado.

Tanto governos de esquerda da região, como os do Brasil, Colômbia, Venezuela e Chile, quanto de direita, como os da Argentina e Peru, condenaram a invasão que culminou na detenção à força de Glas, procurado pela Justiça equatoriana por acusações de corrupção e que se refugiava na sede diplomática mexicana desde dezembro.

Por sua vez, a Organização dos Estados Americanos (OEA) expressou seu repúdio "a qualquer ação violadora ou que ponha em risco a inviolabilidade dos locais das missões diplomáticas", em um comunicado.

O México denunciou "uma violação flagrante do direito internacional" e de sua "soberania". Neste sábado, López Obrador pediu a seus compatriotas "que se comportem com muita prudência para evitar o assédio" em meio à tensão diplomática.

Imagens de sexta-feira mostram militares equatorianos armados e com um aríete em frente à embaixada. Pelo menos um deles escalou a grade que cerca o prédio para entrar e deter Glas, a quem o México concedeu asilo naquele dia, após tê-lo abrigado durante meses.

A Convenção de Viena, que garante a inviolabilidade do território de uma embaixada, foi citada pela maioria dos países que rejeitaram o cerco à sede da missão mexicana.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, classificou na sexta-feira o asilo concedido a Glas como "ilícito" e defendeu a operação, alegando um "abuso das imunidades e privilégios" concedidos à missão diplomática. Neste sábado, sua chanceler, Gabriela Sommerfeld, acusou o México de "violar o princípio fundamental de não intervenção nos assuntos internos de outros Estados".

A embaixada mexicana em Quito permanecia cercada por policiais neste sábado, e a bandeira do país havia sido retirada do mastro no pátio, constatou um fotógrafo da AFP. Segundo o governo mexicano, os diplomatas e suas famílias retornarão ao país em voos comerciais e com o respaldo de "embaixadas amigas".

- 'Golpeado' -

Glas, vice-presidente do Equador durante o governo do socialista Rafael Correa entre 2013 e 2017, tem uma ordem de prisão preventiva por suposto peculato em obras públicas contratadas após o devastador terremoto na costa equatoriana em 2016.

O político de 54 anos foi transferido neste sábado para uma prisão de segurança máxima em Guayaquil (sudoeste), conhecida como "A Rocha", segundo fontes governamentais.

O ex-presidente Correa, exilado na Bélgica desde 2017 e condenado à revelia a oito anos de prisão por corrupção, disse na rede social X que Glas "tem dificuldades para caminhar porque foi golpeado. Tudo isso é uma loucura".

O México qualificou a operação como "brutal" e denunciou "violência física" contra o chefe de missão, Roberto Canseco, que foi imobilizado no chão por um militar enquanto tentava evitar a captura de Glas, segundo imagens da televisão equatoriana. O diplomata está "bem", assim como o restante da delegação, indicou Bárcena.

López Obrador elogiou a "dignidade e decoro" do pessoal diplomático que estava na embaixada e anunciou que apresentará uma denúncia à Corte Internacional de Justiça.

- Escalada -

A crise diplomática começou na quarta-feira, quando López Obrador estabeleceu um paralelo entre a violência que marcou a campanha presidencial equatoriana de 2023, durante a qual o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado, e a criminalidade que ocorre no México em relação às eleições de 2 de junho.

Segundo o presidente mexicano, o crime de Villavicencio criou um "ambiente envenenado de violência" que provocou a queda nas pesquisas da candidata de esquerda Luisa González e o aumento na popularidade de Noboa, que acabou vencedor.

Crítico contundente do ex-presidente Correa (2007-2017), Villavicencio era conhecido por suas denúncias sobre o fortalecimento do narcotráfico.

O governo de Noboa considerou que esses comentários "ofendem o Estado equatoriano" e expulsou a embaixadora mexicana Raquel Serur, que ainda não deixou o país.

Em resposta, o México concedeu asilo político a Glas na sexta-feira, que estava refugiado em sua sede diplomática em Quito desde dezembro, alegando perseguição política contra ele.

- Condenação -

Noboa "quebrou todos os protocolos de comportamento da diplomacia tradicional", disse à AFP Roberto Beltrán Zambrano, professor de gestão de conflitos da Universidade Técnica Particular de Loja, no Equador.

Os governos de Brasil, Venezuela, Cuba, Bolívia, Honduras, Peru e Chile, entre outros, condenaram neste sábado a operação.

"Toda minha solidariedade ao presidente e amigo López Obrador", afirmou no X o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo condenou a ação "nos termos mais firmes".

"[A invasão da embaixada] constitui uma ação que nem mesmo nas ditaduras mais atrozes da região, como a de Augusto Pinochet no Chile ou Jorge Rafael Videla na Argentina, foram registradas", disse o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.

A Argentina, governada pelo ultraliberal Javier Milei, se uniu "aos países da região na condenação ao que aconteceu ontem na Embaixada do México no Equador".

(G.Gruner--BBZ)