Berliner Boersenzeitung - Mario Grech, o cardeal maltês defensor do empoderamento dos católicos comuns

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Mario Grech, o cardeal maltês defensor do empoderamento dos católicos comuns
Mario Grech, o cardeal maltês defensor do empoderamento dos católicos comuns / foto: Handout - VATICAN MEDIA/AFP

Mario Grech, o cardeal maltês defensor do empoderamento dos católicos comuns

O cardeal maltês Mario Grech, que teve um papel essencial nos esforços do papa Francisco para fortalecer os católicos comuns, é um mediador de paz e possível candidato ao pontificado.

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Aos 68 anos, Grech é secretário-geral do sínodo: ele chefia o órgão que reúne informações das igrejas locais sobre questões cruciais, como o lugar das mulheres na Igreja ou o casamento de pessoas divorciadas, e o repassa ao papa.

Francisco lançou uma campanha sem precedentes em 2021, perguntando aos católicos de todo o mundo o que deveria mudar na Igreja, e dois anos depois permitiu que leigos e mulheres votassem nas assembleias sinodais ao lado dos bispos.

Ambas as ações - tentar criar mais corresponsabilidade na governança da Igreja e torná-la relevante para os fiéis de hoje - alarmaram as correntes mais tradicionais, que defendem uma hierarquia de clérigos totalmente masculina.

Como chefe do sínodo em 2020, Grech conseguiu realizar um delicado ato de equilíbrio, seguindo a liderança de Francisco na criação de uma Igreja aberta e atenta e, ao mesmo tempo, levando em conta as preocupações dos conservadores.

"Etendo aqueles que têm dúvidas, medos ou pontos de vista diferentes. Eu também tenho meus medos", disse ele em uma entrevista em maio de 2023 à rede de notícias católica EWTN.

"Alguns poderiam pensar que estamos em um caminho que leva à um tipo de democracia. A Igreja não é uma democracia, a Igreja é hierárquica", declarou sem rodeios.

Também fez alusão ao "diálogo fraterno" entre os católicos em todos os níveis como essencial para "ajudar todas as assembleias - políticas, econômicas, científicas - a se tornarem lugares de encontro e não de confronto".

- Periferia -

Grech nasceu em 20 de fevereiro de 1957 em Qala, um vilarejo em Gozo, a segunda maior ilha do pequeno arquipélago de Malta, no Mediterrâneo.

Ele foi ordenado em 1984 e viajou para Roma para obter um doutorado em direito canônico. Ao retornar a Malta, serviu na Catedral de Gozo e no santuário mariano Ta' Pinu, antes de se tornar pároco.

O papa Bento XVI o nomeou bispo de Gozo em 2005 e Francisco o designou cardeal em 2020.

"Venho de uma paróquia muito, muito pequena, em uma diocese que é igualmente pequena, então, de certa forma, não entendo por que, da periferia da igreja, o papa me chamou", disse ele ao Vatican News na época.

"Mas, por outro lado, posso ver as pequenas coisas que contam aos olhos de Deus, aos olhos do Santo Padre e aos olhos da Igreja", acrescentou.

No início de sua carreira, Grech defendia posições mais conservadoras, mas com o tempo se tornou mais progressista.

O cardeal maltês advertiu que o catolicismo não pode ser reduzido à oração em uma igreja, mas deve ser colocado em prática na vida diária, ajudando os outros, construindo laços com os vizinhos e levando uma vida dedicada a servir.

"A comunidade da igreja mais ampla é composta por pequenas igrejas que se reúnem em casas. Se não há igrejas domésticas, a igreja não tem futuro", afirmou em 2010, em uma entrevista à revista Civilta Cattolica.

Ele já havia manifestado sua afinidade com a orientação liberal de Francisco em 2017, quando ele e outro bispo maltês emitiram pautas pastorais amplamente favoráveis à abertura para divorciados que se casaram novamente.

Alinhado com o apelo de Francisco por mais flexibilidade e compaixão, essa medida foi vista como um ato pioneiro pela ala mais liberal da Igreja, mas causou irritação entre os conservadores.

As tensões também foram palpáveis no sínodo, sobretudo depois que o Vaticano divulgou um documento em junho que dizia que os católicos comuns estavam pedindo mais abertura para a comunidade LGBTQIA+.

Grech minimizou as acusações de que estaria conduzindo uma "tomada hostil do poder" da Igreja e disse que seu departamento ouviu a todos como deveria, incluindo aqueles que "não puderam ou não quiseram" falar.

(K.Müller--BBZ)