Berliner Boersenzeitung - Prefeito de Guayaquil culpa presidente do Equador por violência desenfreada

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Prefeito de Guayaquil culpa presidente do Equador por violência desenfreada
Prefeito de Guayaquil culpa presidente do Equador por violência desenfreada / foto: MARCOS PIN - AFP Photo

Prefeito de Guayaquil culpa presidente do Equador por violência desenfreada

Carros-bomba, chacinas, extorsões e uma força pública superada pelo poder de fogo das quadrilhas do narcotráfico. Em entrevista à AFP, o prefeito de Guayaquil culpa o presidente do Equador, Daniel Noboa, pela violência desenfreada no país.

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Com 41 anos, perfil combativo, paixão pelo futebol e presença ativa nas redes sociais, Aquiles Álvarez comanda a cidade mais violenta do país usando uma tornozeleira eletrônica, desde que a Justiça abriu uma investigação contra ele por suposto contrabando de combustível.

O prefeito, que tem dupla nacionalidade, equatoriana e espanhola, afirma ser inocente e aponta um responsável pelo que chama de "perseguição política": o jovem e multimilionário presidente Daniel Noboa. Ele também o responsabiliza pela crescente insegurança em um dos países mais perigosos da América Latina.

Segundo Álvarez, Noboa tem grande parte da "culpa" pela crise em sua cidade, que registra a maior taxa de homicídios do país, com 1.900 pessoas assassinadas entre janeiro e setembro deste ano.

"Eles são os que controlam o monopólio da força e os que administram a segurança do país", afirma. No Equador, a segurança interna é responsabilidade da polícia, sob comando do governo nacional.

Em Guayaquil, "vive-se sob tensão", admite Álvarez, de aparência jovial e tênis esportivos. Na última semana, houve sete alertas de bomba — todos falsos.

"Deixam mochilas com roupas sujas dentro, e as pessoas se assustam e acham que são bombas", explica o prefeito, em um salão da prefeitura, acrescentando que a violência gerou uma "psicose coletiva" na cidade portuária de quase três milhões de habitantes.

- 'Bem-vindas' bases estrangeiras -

Álvarez venceu as eleições apoiado pelo partido do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007–2017).

Embora diga não fazer parte do correísmo, ele elogia o ex-presidente, cujo governo proibiu bases militares estrangeiras — as mesmas que Noboa pretende reinstalar no Equador por meio de um referendo.

O prefeito adota uma postura mais pragmática do que ideológica sobre o tema.

"Toda ajuda é bem-vinda para mim. Se quiserem contribuir com bases militares em pontos estratégicos do país, que sejam bem-vindas, mas isso deve ser articulado com as Forças Armadas e, em nenhum momento, podemos perder nossa soberania", afirmou.

Conhecida como a Pérola do Pacífico, Guayaquil é uma cidade marcada por profunda desigualdade. As áreas pobres estão à mercê do crime organizado. Segundo autoridades, o narcotráfico impôs zonas de vigilância nos bairros periféricos, escolas do crime e centros de armazenamento de drogas e armas.

Nas áreas mais humildes, os ataques armados são frequentes, enquanto nas partes ricas reina a opulência, com seguranças privados protegendo os moradores.

Noboa adota uma política de mão de ferro contra o crime, que inclui um amplo envio de militares às ruas.

"Acreditamos que não se deve combater o crime com mais armas, coletes, capacetes e balas, mas com políticas públicas voltadas à prevenção da violência para reduzir os delitos", diz o prefeito, evangélico e pai de três filhos.

- Discípulo de Correa -

Álvarez é o quinto Aquiles da família, nome tradicional entre os primogênitos homens. Viveu nos Estados Unidos, onde trabalhou como entregador de pizza, e, embora não tenha concluído o curso universitário, afirma ter se formado como empresário.

Foi missionário com o pai e dirigente do Barcelona de Guayaquil, o time de futebol mais popular do país.

Em 2023, conquistou a prefeitura ao derrotar o PSC, antigo partido de direita da costa equatoriana que governou Guayaquil por mais de 30 anos.

Apesar de ter chegado ao cargo com o apoio do partido de Correa, mantém distância de seu padrinho político.

"Tenho meu próprio estilo", afirma.

Ele ri quando o chamam de opositor e não descarta uma futura candidatura à Presidência ou à reeleição na prefeitura, mas diz que antes precisa resolver seus problemas judiciais.

"Querem me condenar para que, em outubro de 2026, quando for o momento de registrar uma possível candidatura à reeleição em Guayaquil ou a outro cargo, eu fique impedido de concorrer", sustenta.

No embate com o Executivo, Álvarez pediu que se investigue um ataque com explosivos ocorrido em junho, em uma área de comércio popular, no qual estaria envolvido um carro Porsche registrado em nome de uma das empresas da família Noboa.

"O silêncio [do governo] também comunica. Esse é um problema que eles mesmos criaram", disse.

(G.Gruner--BBZ)