Berliner Boersenzeitung - A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional

EUR -
AED 4.304583
AFN 77.35264
ALL 96.52995
AMD 447.121148
ANG 2.098382
AOA 1074.739085
ARS 1700.295745
AUD 1.77205
AWG 2.10963
AZN 1.951986
BAM 1.956813
BBD 2.361973
BDT 143.417272
BGN 1.954795
BHD 0.441802
BIF 3475.028836
BMD 1.172016
BND 1.514083
BOB 8.103504
BRL 6.462507
BSD 1.172732
BTN 105.807008
BWP 15.497482
BYN 3.440754
BYR 22971.522831
BZD 2.358611
CAD 1.614254
CDF 2653.44578
CHF 0.931281
CLF 0.027228
CLP 1068.140949
CNY 8.252461
CNH 8.242282
COP 4528.331759
CRC 584.314823
CUC 1.172016
CUP 31.058436
CVE 110.696669
CZK 24.355711
DJF 208.290901
DKK 7.471312
DOP 73.309109
DZD 151.712908
EGP 55.702434
ERN 17.580247
ETB 182.38528
FJD 2.677178
FKP 0.875346
GBP 0.876188
GEL 3.15861
GGP 0.875346
GHS 13.507516
GIP 0.875346
GMD 86.143623
GNF 10178.962996
GTQ 8.981839
GYD 245.356383
HKD 9.118968
HNL 30.888642
HRK 7.536415
HTG 153.592754
HUF 387.489159
IDR 19580.87918
ILS 3.760772
IMP 0.875346
INR 105.745596
IQD 1536.227704
IRR 49371.193797
ISK 147.966909
JEP 0.875346
JMD 187.641099
JOD 0.830939
JPY 182.426123
KES 151.069751
KGS 102.493298
KHR 4696.430212
KMF 491.074698
KPW 1054.807791
KRW 1730.382704
KWD 0.359704
KYD 0.977206
KZT 605.05309
LAK 25396.116553
LBP 105017.674577
LKR 362.837754
LRD 207.575382
LSL 19.662894
LTL 3.46066
LVL 0.708941
LYD 6.356425
MAD 10.748591
MDL 19.777234
MGA 5273.93154
MKD 61.55534
MMK 2461.301448
MNT 4157.848963
MOP 9.399425
MRU 46.814223
MUR 53.959537
MVR 18.107747
MWK 2033.530348
MXN 21.091122
MYR 4.788907
MZN 74.895718
NAD 19.662894
NGN 1707.24072
NIO 43.153251
NOK 11.909442
NPR 169.287599
NZD 2.030044
OMR 0.450677
PAB 1.172752
PEN 3.948527
PGK 5.054723
PHP 68.664935
PKR 328.58543
PLN 4.202312
PYG 7829.218306
QAR 4.276604
RON 5.090894
RSD 117.39265
RUB 93.692725
RWF 1707.383502
SAR 4.396062
SBD 9.528747
SCR 15.94784
SDG 704.967835
SEK 10.887916
SGD 1.51196
SHP 0.879316
SLE 28.247832
SLL 24576.603683
SOS 669.046204
SRD 45.331256
STD 24258.374657
STN 24.513207
SVC 10.261529
SYP 12960.586339
SZL 19.668177
THB 36.789934
TJS 10.83012
TMT 4.102058
TND 3.427774
TOP 2.821935
TRY 50.083775
TTD 7.957321
TWD 36.977472
TZS 2918.321285
UAH 49.532187
UGX 4189.257131
USD 1.172016
UYU 45.95476
UZS 14142.619905
VES 323.747516
VND 30853.333598
VUV 142.251043
WST 3.263731
XAF 656.296607
XAG 0.017923
XAU 0.00027
XCD 3.167433
XCG 2.113494
XDR 0.814481
XOF 656.310614
XPF 119.331742
YER 279.349871
ZAR 19.62688
ZMK 10549.554705
ZMW 26.67983
ZWL 377.388825
A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional
A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional / foto: Santiago MAZZAROVICH - AFP

A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional

A capela de Pueblo Garzón, uma pequena localidade que parou no tempo em meio ao campo uruguaio, amanheceu sem seus bancos de madeira. Em seu lugar, o artista plástico alemão Lukas Kühne colocou uma instalação sonora com caixas de ressonância e martelos de borracha.

Tamanho do texto:

Kühne não estava sozinho e não havia tido um momento de loucura: era um dos convidados da 8ª edição de Campo, o festival criado pela fotógrafa americana Heidi Lender, que durante três dias no final de dezembro convocou mais de 20 artistas de todo o mundo - entre eles dos Estados Unidos, Singapura, Coreia do Sul e Brasil - e reuniu 6.000 visitantes.

Radicado no Uruguai, Kühne é apaixonado por Garzón, que define como "um projeto utópico no bom sentido" e que inclui em seu circuito toda vez que recebe artistas do exterior. "Parece um povoado qualquer, mas não é, estão aparecendo coisas lindas e interessantes, tem sua aura", explica sobre esse lugar 170 km ao leste da capital Montevidéu, que por sua paisagem com vinhas e oliveiras é comparado a Toscana.

O primeiro a colocar esse povoado no mapa foi o reconhecido chef argentino Francis Mallmann, que abriu seu restaurante há 20 anos. "O embaixador absoluto é Francis", disse a também prestigiada cozinheira Lucía Soria, à frente do projeto de jantares itinerantes pelo povoado Mesa Garzón. "Mas a embaixadora da arte é Heidi", completa sem titubear.

Lender chegou casualmente a Garzón há 14 anos, se apaixonou pelo povoado, comprou uma casa e fundou uma organização sem fins lucrativos para "dar a outros artistas a oportunidade de criar nessa terra mágica". Hoje, esse projeto inclui residências artísticas, o festival e a próxima construção de um campus com um projeto do arquiteto uruguaio Rafael Viñoly.

"É difícil de explicar o que Garzón tem, tem que vir e viver isso", diz. "Há uma energia que não existe em nenhum outro lado do mundo, é um mix entre a luz, as pessoas, a autenticidade, a simplicidade de viver, a tranquilidade, a solidão, a beleza... é uma grande sopa de magia".

Garzón tem a virtude de estar longe - mas não tanto - de Punta del Este, o balneário favorito da elite sul-americana, famoso por suas praias, mas também por sua vida noturna. E se localiza a apenas 35km ao norte de José Ignacio, mais exclusivo e nos últimos anos ponto de encontro para os amantes da arte, com galerias e eventos internacionais.

Como na maioria dos povoados do interior uruguaio, a atividade se concentra ao redor da praça principal.

Há a igreja, a prefeitura, o clube social, um antigo armazém que virou loja de design, o restaurante Mallmann, um museu/café aberto por duas de suas filhas e algumas das cinco galerias ativas durante a temporada. As casas seguem por algumas quadras. Depois, o campo e as serras.

O artista uruguaio Mauro Arbiza vende suas esculturas em Garzón há nove anos, mas acaba de abrir sua própria galeria em frente à praça. “Pessoas com alto poder aquisitivo, que vêm a Punta del Este no verão, vêm à Bodega Garzón ou ao Mallmann's para jantar ou almoçar um dia”, explica ele. Suas obras custam entre US$ 2.500 (R$ 15.278) e US$ 40.000 (R$ 244.452), uma faixa de preço que se repete em outras galerias.

“Eu costumava ir sempre à Art Basel em dezembro, mas não vou mais. Faço mais contatos na cidade do que em Miami”, diz Arbiza, que tem obras monumentais na China e nos Estados Unidos.

Os galeristas concordam que turistas, colecionadores e curadores, em sua maioria europeus e americanos, mas também muitos argentinos e brasileiros, passam pelas galerias.

“A maior parte do público sabe o que está vindo ver e isso atrai nossa atenção”, diz Cristina Madero, da galeria argentina Walden Naturae, que abriu suas portas em 2021.

(K.Lüdke--BBZ)