Berliner Boersenzeitung - China tenta imunizar sua economia contra as tarifas de Trump

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China tenta imunizar sua economia contra as tarifas de Trump
China tenta imunizar sua economia contra as tarifas de Trump / foto: Pedro PARDO - AFP

China tenta imunizar sua economia contra as tarifas de Trump

A China quer proteger sua economia das tarifas americanas de 104% com o estímulo do consumo e investimentos em setores cruciais, mas continua muito vulnerável à tempestade de taxas desencadeada por Donald Trump, segundo os analistas.

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Pequim prometeu lutar "até o fim" contra a campanha tarifária de Washington. O primeiro-ministro Li Qiang declarou na terça-feira que o país confia "plenamente" na resistência de seu crescimento econômico.

Mas, o que acontecerá na prática? Mesmo sem as tarifas americanas, a economia chinesa enfrenta problemas há vários, com o elevado índice de desemprego entre os jovens e uma persistente crise imobiliária que freia o consumo.

"A economia chinesa é muito mais fraca do que era durante o primeiro mandato de Trump e realmente não pode absorver o impacto das tarifas adicionais", afirma Henry Gao, especialista em Direito Comercial da Universidade de Gestão de Singapura.

No ano passado, o comércio exterior foi um dos poucos indicadores positivos da economia chinesa, com os Estados Unidos como principal destino dos produtos chineses.

As exportações do país asiático para os Estados Unidos alcançaram quase 440 bilhões de dólares (2,6 trilhões de reais) em 2024, segundo o Departamento de Comércio americano, muito acima do registrado no sentido contrário (114,6 bilhões de dólares, 688 bilhões de reais).

Os produtos eletrônicos, máquinas e bens de consumo (têxteis, móveis, brinquedos) representaram a maior parte das exportações.

- "Oportunidade estratégica" -

Apesar de estar melhor preparada do que durante o primeiro mandato de Trump, é provável que a China enfrente problemas, porque "alguns produtos são concebidos especificamente para os mercados americano e europeu", afirma Tang Yao, da Escola de Negócios Guanghua da Universidade de Pequim.

A China, no entanto, não vê a crise prevista como algo totalmente negativo.

O Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista Chinês, descreveu recentemente as tarifas americanas como "oportunidade estratégica", especialmente para transformar o consumo no novo motor do crescimento chinês, ao invés das exportações.

A China pretende "utilizar as pressões estruturais externas como catalisador para implementar reformas planejadas há muito tempo", explica Lizzi Lee, especialista em economia chinesa do Asia Society Policy Institute, uma organização com sede nos Estados Unidos.

Pequim também prometeu adotar represálias contra qualquer nova escalada americana.

Além das tarifas recíprocas sobre produtos americanos, que entrarão em vigor na quinta-feira, Pequim anunciou restrições à exportação de terras raras, incluindo algumas utilizadas para a captura de imagens magnéticas e para produtos eletrônicos de consumo.

- Aparelhos de TV e carros -

A China também poderia reforçar o apoio financeiro ao setor privado, no momento em que os empresários voltam a ter uma boa relação com o presidente Xi Jinping, acrescenta Raymond Yeung, economista do banco ANZ.

O governo chinês defende uma autonomia estratégica maior do país no setor de tecnologia, para torná-lo menos dependente das oscilações geopolíticas. Por isso, apoia setores cruciais, como a Inteligência Artificial (IA) e os semicondutores.

"Mas isso não significa que a economia chinesa possa superar facilmente os efeitos das sobretaxas proibitivas", destaca Frederic Neumann, economista para a Ásia do HSBC.

Segundo o analista, Pequim poderia compensar a queda da demanda americana de várias formas: programas de recompra de eletrodomésticos ou incentivos para estimular os consumidores a adquirir produtos chineses, de aparelhos de TV até carros elétricos.

"Criando demanda e oportunidades comerciais para os parceiros asiáticos e europeus da China, o país poderia ajudar a salvar o que resta da ordem comercial liberal mundial", considera Neumann.

A China tem "a oportunidade de assumir as rédeas da ordem econômica mundial, mas isso só poderá acontecer se a demanda interna aumentar e se a liderança chinesa preencher o vazio deixado pelos Estados Unidos", acrescenta.

(K.Müller--BBZ)