Berliner Boersenzeitung - O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul

EUR -
AED 4.311308
AFN 77.879699
ALL 96.688625
AMD 447.85425
ANG 2.101831
AOA 1076.505607
ARS 1707.192072
AUD 1.771749
AWG 2.116032
AZN 2.004043
BAM 1.960029
BBD 2.365855
BDT 143.653019
BGN 1.953335
BHD 0.442548
BIF 3472.941475
BMD 1.173943
BND 1.516572
BOB 8.116825
BRL 6.487208
BSD 1.17466
BTN 105.980932
BWP 15.522957
BYN 3.44641
BYR 23009.283073
BZD 2.362488
CAD 1.61659
CDF 2658.980767
CHF 0.932175
CLF 0.027414
CLP 1075.132381
CNY 8.268374
CNH 8.256711
COP 4552.175346
CRC 585.275311
CUC 1.173943
CUP 31.10949
CVE 110.505791
CZK 24.374112
DJF 209.179364
DKK 7.471085
DOP 73.810833
DZD 152.347317
EGP 55.85943
ERN 17.609145
ETB 182.685082
FJD 2.68158
FKP 0.876785
GBP 0.875256
GEL 3.163731
GGP 0.876785
GHS 13.508665
GIP 0.876785
GMD 86.289333
GNF 10269.376903
GTQ 8.996604
GYD 245.759696
HKD 9.134096
HNL 30.939417
HRK 7.539412
HTG 153.845228
HUF 388.315726
IDR 19601.326503
ILS 3.771187
IMP 0.876785
INR 105.831725
IQD 1538.752932
IRR 49434.739984
ISK 148.256896
JEP 0.876785
JMD 187.949541
JOD 0.832281
JPY 182.512335
KES 151.325623
KGS 102.661551
KHR 4704.150133
KMF 491.882164
KPW 1056.541668
KRW 1729.911202
KWD 0.360331
KYD 0.978812
KZT 606.047668
LAK 25437.862305
LBP 105190.301042
LKR 363.434181
LRD 207.916591
LSL 19.695216
LTL 3.466348
LVL 0.710107
LYD 6.366873
MAD 10.76626
MDL 19.809743
MGA 5282.600749
MKD 61.565611
MMK 2465.347298
MNT 4164.683572
MOP 9.414875
MRU 46.891176
MUR 54.048218
MVR 18.137736
MWK 2036.873034
MXN 21.110661
MYR 4.796681
MZN 75.013881
NAD 19.695216
NGN 1711.831956
NIO 43.224185
NOK 11.945563
NPR 169.565872
NZD 2.030951
OMR 0.451385
PAB 1.17468
PEN 3.955018
PGK 5.063032
PHP 68.760173
PKR 329.125553
PLN 4.206828
PYG 7842.087857
QAR 4.283634
RON 5.091398
RSD 117.391899
RUB 93.919441
RWF 1710.190073
SAR 4.403142
SBD 9.54441
SCR 15.974055
SDG 706.125134
SEK 10.912516
SGD 1.513958
SHP 0.880761
SLE 28.295168
SLL 24617.002332
SOS 670.145972
SRD 45.405775
STD 24298.250206
STN 24.553502
SVC 10.278397
SYP 12981.890755
SZL 19.700508
THB 36.915847
TJS 10.847922
TMT 4.108801
TND 3.433408
TOP 2.826573
TRY 50.16658
TTD 7.970401
TWD 36.996574
TZS 2913.082074
UAH 49.613608
UGX 4196.143368
USD 1.173943
UYU 46.0303
UZS 14165.867329
VES 324.27969
VND 30904.049841
VUV 142.484873
WST 3.269096
XAF 657.375417
XAG 0.017908
XAU 0.000271
XCD 3.172639
XCG 2.116968
XDR 0.815819
XOF 657.389447
XPF 119.331742
YER 279.809222
ZAR 19.703518
ZMK 10566.886439
ZMW 26.723686
ZWL 378.009172
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul
O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul / foto: Nelson ALMEIDA - AFP

O que é preciso saber sobre o acordo UE-Mercosul

O acordo entre a União Europeia e o Mercosul, concebido para facilitar o comércio entre os dois blocos, promete ser um tema polêmico na cúpula de chefes de Estado e de governo europeus que acontece nesta quinta-feira (18) em Bruxelas.

Tamanho do texto:

A Comissão Europeia espera assinar o tratado neste sábado em Foz do Iguaçu, mas França e Itália não têm tanta certeza. Além disso, milhares de agricultores afirmam que planejam protestar nesta quinta-feira na capital belga para demonstrar sua oposição ao pacto.

Do que se trata?

Um acordo comercial entre a UE e quatro países sul-americanos do Mercosul, o "Mercado Comum do Sul": Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Anunciado no final de 2024, após 25 anos de negociações, o tratado prevê a eliminação da maioria das tarifas entre as duas regiões.

Promete também receitas significativas para empresas em ambos os continentes: o mercado sul-americano representa 270 milhões de consumidores e o mercado europeu, 450 milhões.

O tratado deverá favorecer as exportações europeias de automóveis, máquinas, bebidas alcoólicas, chocolate, azeite e queijos; e permitiria a entrada na Europa de carne, açúcar, arroz, mel e soja sul-americanos.

O desafio da transição energética e tecnológica também está impulsiona a Europa a fortalecer os seus laços com esta região do mundo rica em lítio, cobre, ferro e cobalto.

Por que irrita os agricultores e pecuaristas?

Sindicatos de agricultores esperam que até 10.000 manifestantes se reúnam em Bruxelas nesta quinta-feira para protestar contra a política agrícola europeia e o acordo com o Mercosul.

O setor agrícola sul-americano poderia se beneficiar do acordo. Segundo o Eurostat, o instituto nacional de estatística da União Europeia, em 2024 Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai exportaram para a UE produtos agrícolas e agroalimentares no valor de 23,3 bilhões de dólares (143 bilhões de reais na cotação do ano passado).

Em relação à pecuária, o tratado estabelece cotas de exportação para a UE de no máximo 99.000 toneladas de carne bovina, representando 1,6% da produção da UE. Acima desse volume, serão aplicadas tarifas superiores a 40% (em vez de 7,5%), de acordo com a Comissão Europeia.

Os pecuaristas franceses temem perder competitividade, já que os países do Mercosul possuem padrões ambientais e de segurança alimentar menos rigorosos.

A UE espera tranquilizá-los com medidas de proteção: na terça-feira, o Parlamento Europeu aprovou a criação de um mecanismo para monitorar o impacto do acordo em produtos sensíveis, como carne bovina, aves e açúcar, além de uma possível reinstauração das tarifas caso o mercado se torne instável.

No entanto, os eurodeputados e os Estados-membros ainda precisam chegar a um acordo sobre as condições específicas em que essas medidas seriam aplicadas.

Qual é o cronograma?

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, espera assinar o tratado no sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR), durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul.

No entanto, a assinatura requer a aprovação dos chefes de Estado e de governo europeus, razão pela qual o assunto precisa ser debatido na cúpula de Bruxelas.

De qualquer forma, após a assinatura, o Parlamento Europeu terá que ratificá-lo e a votação poderá ser acirrada. Cerca de 150 eurodeputados já solicitaram ao Parlamento que denuncie o tratado perante o Tribunal de Justiça da UE.

Quem apoia e quem se opõe?

A Espanha apoia o acordo, argumentando que ele promoveria as exportações de vinho e azeite. O ministro da Agricultura espanhol, Luís Planas, reiterou na terça-feira que espera que este tratado "fundamental" seja assinado "nos próximos dias".

O chanceler alemão, Friedrich Merz, que espera garantir uma saída para os veículos de seus fabricantes em dificuldades no bloco sul-americano, prometeu pressionar seus parceiros a ratificarem o acordo.

Em contrapartida, França e Itália querem o adiamento da assinatura.

O presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que os agricultores franceses não estão suficientemente protegidos e alertou na quarta-feira que Paris "se oporia fortemente" a qualquer adoção forçada do tratado.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou "prematuro" assiná-lo.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu na terça-feira que Macron e Meloni assumam suas responsabilidades. E na quarta-feira, alertou: "Se disser não, nós vamos ser duros daqui pra frente com eles, porque nós cedemos a tudo que era possível a diplomacia ceder".

(Y.Berger--BBZ)