Berliner Boersenzeitung - Preservar a rotina apesar da guerra, o desafio de uma escola israelense em Jerusalém

EUR -
AED 4.148468
AFN 77.877621
ALL 98.007894
AMD 434.327095
ANG 2.02138
AOA 1036.284519
ARS 1310.432795
AUD 1.756828
AWG 2.034449
AZN 1.935374
BAM 1.950912
BBD 2.281145
BDT 138.057738
BGN 1.955779
BHD 0.425806
BIF 3362.892745
BMD 1.129465
BND 1.455279
BOB 7.806715
BRL 6.426771
BSD 1.129809
BTN 96.414829
BWP 15.185488
BYN 3.697334
BYR 22137.512354
BZD 2.269394
CAD 1.562558
CDF 3235.917091
CHF 0.934635
CLF 0.02765
CLP 1061.042052
CNY 8.137006
CNH 8.123038
COP 4659.279966
CRC 574.28137
CUC 1.129465
CUP 29.93082
CVE 109.992315
CZK 24.93012
DJF 200.728442
DKK 7.458472
DOP 66.70522
DZD 149.571674
EGP 56.235253
ERN 16.941974
ETB 154.497948
FJD 2.555412
FKP 0.836506
GBP 0.838629
GEL 3.094473
GGP 0.836506
GHS 11.637253
GIP 0.836506
GMD 81.321937
GNF 9788.732515
GTQ 8.67649
GYD 236.725225
HKD 8.851972
HNL 29.427047
HRK 7.536019
HTG 147.715104
HUF 403.840484
IDR 18402.315403
ILS 3.966692
IMP 0.836506
INR 96.443657
IQD 1480.043891
IRR 47578.709056
ISK 144.198666
JEP 0.836506
JMD 179.979029
JOD 0.800762
JPY 163.545956
KES 145.983628
KGS 98.772037
KHR 4522.747503
KMF 490.753914
KPW 1016.482602
KRW 1552.560334
KWD 0.346836
KYD 0.941474
KZT 578.017024
LAK 24396.733466
LBP 101229.735159
LKR 338.374124
LRD 225.961813
LSL 20.227154
LTL 3.335017
LVL 0.683202
LYD 6.176524
MAD 10.458971
MDL 19.528759
MGA 5127.334097
MKD 61.525813
MMK 2371.450844
MNT 4039.464255
MOP 9.122365
MRU 44.715146
MUR 51.525632
MVR 17.461108
MWK 1959.06059
MXN 21.906271
MYR 4.772011
MZN 72.18412
NAD 20.227333
NGN 1792.618954
NIO 41.576926
NOK 11.508361
NPR 154.263926
NZD 1.892805
OMR 0.434286
PAB 1.129809
PEN 4.113602
PGK 4.705335
PHP 62.668924
PKR 319.591223
PLN 4.239164
PYG 9024.586976
QAR 4.118871
RON 5.049144
RSD 117.249369
RUB 90.210304
RWF 1596.955089
SAR 4.236581
SBD 9.431898
SCR 16.058269
SDG 678.241007
SEK 10.910061
SGD 1.456558
SHP 0.887582
SLE 25.6618
SLL 23684.314797
SOS 645.704934
SRD 41.970353
STD 23377.64338
SVC 9.885493
SYP 14685.120115
SZL 20.216061
THB 36.956167
TJS 11.269761
TMT 3.958775
TND 3.379108
TOP 2.645318
TRY 44.173689
TTD 7.669055
TWD 33.781847
TZS 3046.72295
UAH 46.953895
UGX 4115.796429
USD 1.129465
UYU 46.963571
UZS 14559.904187
VES 107.125822
VND 29332.203868
VUV 136.767322
WST 3.112338
XAF 654.329044
XAG 0.034262
XAU 0.000344
XCD 3.052435
XDR 0.812935
XOF 654.331933
XPF 119.331742
YER 275.420097
ZAR 20.24476
ZMK 10166.507506
ZMW 29.855249
ZWL 363.687242
Preservar a rotina apesar da guerra, o desafio de uma escola israelense em Jerusalém
Preservar a rotina apesar da guerra, o desafio de uma escola israelense em Jerusalém / foto: Alberto Pizzoli - AFP

Preservar a rotina apesar da guerra, o desafio de uma escola israelense em Jerusalém

Às 08h55, os alunos do 5º ano do colégio da Academia de Música e Dança de Jerusalém saem com pressa da sala de aula para descer ao abrigo antimísseis - um exercício surpresa que se tornou semanal, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Tamanho do texto:

Cerca de trinta adolescentes descem dois andares para se reunir em uma sala reforçada, equipada com uma porta blindada.

Após repetir o mesmo processo em várias ocasiões, às vezes durante alertas reais de mísseis, as brincadeiras aumentaram.

No centro do refúgio, dois garotos iniciam uma melodia improvisada em um piano.

Três meses após o início da guerra, desencadeada em 7 de outubro por um ataque do Hamas no sul de Israel, a direção da instituição israelense com 350 alunos tem como prioridade manter uma rotina normal.

- "Como os outros" –

"Preservar a rotina dos alunos" para proteger sua integridade física é o lema da diretora, Ilana Uritsky. "É nossa ordem de mobilização. Precisamos ser fortes pelas crianças e suas famílias", defendeu.

Offira Gargi, professora principal da turma do 5º ano do ensino fundamental, diz que só fala do conflito quando acontece algo muito importante. "Queremos que continuem sendo crianças (...) como todos os outros", disse.

"Não tenho paciência nem tempo para lidar com assuntos tristes que deprimem a todos (...). Quero me concentrar na minha vida, na música", contou Aluma Bartov, de 12 anos.

Uma tranquilidade semelhante é perceptível em sua colega de classe, Peleh Nahum, que diz que os adultos "nos protegem" e que "se houver mísseis, vamos para o abrigo".

A bolha protetora da escola, no entanto, está longe de ser indestrutível.

No saguão, em uma pequena mesa com uma toalha escura, a foto de um jovem atrás de uma vela mostra Elisaf Shoshan, de 23 anos, sargento da reserva e ex-pianista de jazz da escola, morto nos combates na Faixa de Gaza.

À frente, vê-se a bandeira israelense sobre fotos de reféns mantidos na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou na morte de cerca de 1.140 indivíduos, em sua maioria civis, de acordo com o levantamento da AFP com base no balanço israelense. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e mais de cem libertadas durante um cessar-fogo no final de novembro.

Os bombardeios e incursões terrestres do exército israelense em retaliação na Faixa de Gaza causaram 23.210 mortes, a maioria civis, de acordo com um balanço do Ministério da Saúde do Hamas.

Desde o início das hostilidades, mais de 500 membros das forças de segurança israelenses morreram, incluindo 176 soldados em combates em Gaza.

- "Ficar ainda mais atento" –

Ao medo "existencial" das primeiras semanas após o massacre de 7 de outubro, seguiu-se o "sentimento de culpa" em muitos alunos que procuraram o conselheiro psicológico da escola, Nahir Bar-Osher, para conversar.

A dúvida em saber "como seguir minha rotina diária quando as pessoas morrem, meus amigos são mortos, meus primos são mortos" nos afeta, acrescentou ele.

Cerca de 360.000 israelenses, de uma população de mais de nove milhões de habitantes, foram mobilizados como reservistas desde o início do conflito.

Muitas famílias israelenses contam com pelo menos um soldado na guerra, fazendo parte do serviço militar - 32 meses para os homens, dois anos para as mulheres - ou como reservistas.

"Entendi aos poucos o que acontecia na vida de cada família e, por isso, devo estar presente, ouvir mais para ajudar mais do que em tempos normais", desabafa a professora Offira Gargi.

(K.Müller--BBZ)