Berliner Boersenzeitung - Cinco chaves para entender a crise política no Equador

EUR -
AED 4.269726
AFN 81.968585
ALL 98.340612
AMD 448.347968
ANG 2.080738
AOA 1066.167046
ARS 1364.91428
AUD 1.786879
AWG 2.09571
AZN 1.979925
BAM 1.959564
BBD 2.346078
BDT 142.102992
BGN 1.958038
BHD 0.438454
BIF 3418.245645
BMD 1.162669
BND 1.488404
BOB 8.046597
BRL 6.398742
BSD 1.161967
BTN 99.92898
BWP 15.482009
BYN 3.80262
BYR 22788.304301
BZD 2.333974
CAD 1.594431
CDF 3344.997146
CHF 0.934793
CLF 0.028356
CLP 1088.118701
CNY 8.338252
CNH 8.329821
COP 4741.711297
CRC 588.147587
CUC 1.162669
CUP 30.810718
CVE 110.477236
CZK 24.777604
DJF 206.629284
DKK 7.460501
DOP 68.761505
DZD 150.997947
EGP 58.19075
ERN 17.440029
ETB 159.733444
FJD 2.613389
FKP 0.861941
GBP 0.85269
GEL 3.162032
GGP 0.861941
GHS 12.02631
GIP 0.861941
GMD 83.133361
GNF 10064.334456
GTQ 8.935165
GYD 243.096418
HKD 9.126891
HNL 30.350044
HRK 7.534444
HTG 152.501657
HUF 401.399709
IDR 18948.126226
ILS 3.951166
IMP 0.861941
INR 99.904586
IQD 1522.111015
IRR 48977.414011
ISK 141.810875
JEP 0.861941
JMD 185.796932
JOD 0.824376
JPY 168.236934
KES 150.219613
KGS 101.46225
KHR 4657.988461
KMF 497.037952
KPW 1046.391455
KRW 1578.28759
KWD 0.355334
KYD 0.968268
KZT 602.194997
LAK 25067.126315
LBP 104115.505855
LKR 349.09665
LRD 232.385427
LSL 20.598171
LTL 3.433058
LVL 0.703286
LYD 6.295093
MAD 10.575999
MDL 19.822251
MGA 5166.124521
MKD 61.543924
MMK 2440.991658
MNT 4165.09476
MOP 9.395213
MRU 45.90619
MUR 52.761716
MVR 17.910871
MWK 2014.848681
MXN 22.098956
MYR 4.934376
MZN 74.363901
NAD 20.597993
NGN 1801.078423
NIO 42.761966
NOK 11.757789
NPR 159.885968
NZD 1.93107
OMR 0.447059
PAB 1.161977
PEN 4.173017
PGK 4.789283
PHP 66.080853
PKR 331.09115
PLN 4.253041
PYG 9275.779684
QAR 4.236038
RON 5.049126
RSD 117.245772
RUB 91.125354
RWF 1677.837702
SAR 4.361663
SBD 9.697154
SCR 16.402167
SDG 698.180126
SEK 11.074766
SGD 1.487338
SHP 0.913675
SLE 26.102428
SLL 24380.583191
SOS 664.095777
SRD 44.547513
STD 24064.892328
SVC 10.166531
SYP 15116.935932
SZL 20.581335
THB 37.949442
TJS 11.451042
TMT 4.06934
TND 3.42528
TOP 2.723087
TRY 46.047582
TTD 7.896407
TWD 34.251113
TZS 3107.231061
UAH 48.512797
UGX 4181.158232
USD 1.162669
UYU 47.130542
UZS 14420.703417
VES 120.460395
VND 30427.036916
VUV 139.686555
WST 3.090266
XAF 657.225239
XAG 0.032442
XAU 0.00035
XCD 3.14217
XDR 0.817758
XOF 657.228071
XPF 119.331742
YER 282.121172
ZAR 20.604232
ZMK 10465.408812
ZMW 27.200723
ZWL 374.378811
Cinco chaves para entender a crise política no Equador
Cinco chaves para entender a crise política no Equador / foto: Galo Paguay - AFP

Cinco chaves para entender a crise política no Equador

O fantasma da ingovernabilidade volta a assombrar o Equador, onde o presidente Guillermo Lasso dissolveu, nesta quarta-feira (17), o Congresso dominado pela oposição, que se preparava para tirá-lo do poder em um processo de impeachment por suspeita de corrupção.

Tamanho do texto:

A situação atual "marca um cenário de maior e profunda instabilidade política", disse à AFP a cientista política Paulina Recalde, após o decreto assinado hoje por Lasso para adotar esta faculdade constitucional, que levará a eleições gerais antecipadas para completar o mandato 2021-2025.

- O que aconteceu? -

Antes da votação sobre sua remoção em um julgamento político que começou na terça, o presidente de direita - acusado de suposto peculato em contratos para o transporte de petróleo - dissolveu a Assembleia Nacional (unicameral), controlada pela oposição de esquerda, alegando "grave crise política e comoção interna".

Lasso, de 67 anos, também pôs em jogo sua própria permanência no cargo, ao qual chegou em maio de 2021 com credibilidade de 70%, que dois anos depois despencou para 10%, segundo o instituto de pequisas privado Perfiles de Opinión, dirigido por Recalde.

- Ganhadores -

Frente ao desgaste da direita representada por Lasso, analistas avaliam que as eleições antecipadas serão uma grande oportunidade para a esquerda recuperar terreno.

Será uma chance, sobretudo, para o movimento Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), e para o braço político dos indígenas, o Pachakutik, as duas principais forças no Legislativo, mas sem conseguir obter maioria.

O correísmo tinha 49 dos 137 assentos da Assembleia e o Pachakutik, 24, enquanto a situação tinha apenas uma dúzia.

- Eleição presidencial -

Segundo Recalde, Lasso não tem apoio popular porque "nove em cada dez equatorianos não acreditam nele", e também é acusado de corrupção.

Correa, que venceu as eleições de 2007, 2009 e 2013, foi impedido de se candidatar com a mudança da Constituição por seu ex-aliado, o também ex-presidente Lenín Moreno (2017-2021), que acabou com a reeleição indefinida promovida por seu antecessor.

Além disso, Rafael Correa vive exilado na Bélgica desde que deixou o poder e é alvo de uma ordem de prisão emitida pela Justiça equatoriana.

Em 2020, Correa foi condenado à revelia a oito anos de prisão pelo recebimento de propinas no caso 'Subornos 2012-2016', um crime que não prescreve no Equador.

- Instabilidade -

"Estamos em um ciclo prolongado de instabilidade política e crise orgânica, na medida em que as crises que vivemos são várias", afirmou Recalde, citando outros problemas, como a insegurança ligada ao tráfico de drogas, a desconfiança nas instituições do Estado, além dos econômicos.

O Equador enfrentou o pior período de instabilidade democrática da sua história entre 1996 e 2007, quando chegou a ter sete presidentes, até a posse de Correa.

Três governantes eleitos nas urnas foram depostos em meio a revoltas de indígenas e outros setores, com a intervenção do Parlamento de uma forma ou de outra, que em 1997 declarou, por exemplo, a incapacidade mental - sem comprovação médica - do populista Abdalá Bucaram para governar.

- Protestos e militares -

A chamada Frente Popular, que reúne trabalhadores, professores, camponeses, estudantes e coletivos de mulheres, convocou protestos contra Lasso, que agora pode governar por meio de decretos-lei de urgência econômica com a aprovação prévia da Corte Constitucional.

"As ruas serão o cenário onde vamos defender os direitos e as liberdades [...], que estariam em jogo hoje por causa de um ditadorzinho", afirmou seu líder, Nelson Erazo.

As Forças Armadas e a Polícia Nacional expressaram que a dissolução do Congresso está prevista na Constituição e se dizem "certas de que o país não vai aceitar nenhuma tentativa de alterar a ordem constitucional através da violência para atentar contra a democracia".

As forças de ordem acrescentaram que vão agir "com firmeza" para proteger os direitos e apelaram à unidade "para manter um clima de respeito à lei sem enfrentamentos, sem violência".

(Y.Yildiz--BBZ)