Berliner Boersenzeitung - Ministro da Venezuela não acredita que cortes da Opep+ influenciem em sanções dos EUA

EUR -
AED 4.296078
AFN 82.475238
ALL 98.116629
AMD 449.576201
ANG 2.093492
AOA 1072.702719
ARS 1390.02237
AUD 1.795086
AWG 2.108556
AZN 1.993296
BAM 1.952262
BBD 2.360992
BDT 143.01086
BGN 1.951996
BHD 0.441276
BIF 3439.198178
BMD 1.169795
BND 1.492041
BOB 8.079429
BRL 6.414036
BSD 1.169316
BTN 99.989807
BWP 15.63314
BYN 3.82668
BYR 22927.987851
BZD 2.348764
CAD 1.608217
CDF 3365.501497
CHF 0.940419
CLF 0.028506
CLP 1093.899442
CNY 8.384918
CNH 8.393322
COP 4760.481967
CRC 589.749004
CUC 1.169795
CUP 30.999575
CVE 110.433231
CZK 24.736539
DJF 207.896481
DKK 7.46014
DOP 69.607364
DZD 151.358334
EGP 58.331613
ERN 17.546929
ETB 158.215273
FJD 2.625259
FKP 0.850635
GBP 0.854378
GEL 3.1823
GGP 0.850635
GHS 12.078183
GIP 0.850635
GMD 83.644869
GNF 10124.578724
GTQ 8.992705
GYD 244.528997
HKD 9.182876
HNL 30.590601
HRK 7.531615
HTG 153.296809
HUF 398.744034
IDR 18998.645443
ILS 3.961758
IMP 0.850635
INR 100.001711
IQD 1532.431841
IRR 49277.627363
ISK 142.01761
JEP 0.850635
JMD 187.390443
JOD 0.829431
JPY 169.346006
KES 151.492938
KGS 102.233136
KHR 4702.57751
KMF 491.577275
KPW 1052.840048
KRW 1595.741611
KWD 0.357817
KYD 0.974463
KZT 608.315915
LAK 25226.636021
LBP 104813.659156
LKR 350.667578
LRD 234.54837
LSL 20.869594
LTL 3.454102
LVL 0.707598
LYD 6.346185
MAD 10.556822
MDL 19.802709
MGA 5188.042554
MKD 61.451996
MMK 2455.777401
MNT 4193.77135
MOP 9.455549
MRU 46.569994
MUR 52.851794
MVR 18.020742
MWK 2030.765042
MXN 22.092813
MYR 4.946484
MZN 74.820549
NAD 20.869589
NGN 1806.527018
NIO 43.052821
NOK 11.822385
NPR 159.983891
NZD 1.935128
OMR 0.449781
PAB 1.169291
PEN 4.152193
PGK 4.835353
PHP 66.143155
PKR 331.841726
PLN 4.241239
PYG 9331.091803
QAR 4.258761
RON 5.081829
RSD 117.152704
RUB 91.832476
RWF 1675.146867
SAR 4.38722
SBD 9.764677
SCR 16.507158
SDG 702.466377
SEK 11.116699
SGD 1.49425
SHP 0.919275
SLE 26.324684
SLL 24530.026799
SOS 668.542297
SRD 44.213628
STD 24212.400872
SVC 10.231722
SYP 15209.302438
SZL 20.86958
THB 38.151748
TJS 11.529107
TMT 4.105981
TND 3.334348
TOP 2.739782
TRY 46.655769
TTD 7.936686
TWD 34.072047
TZS 3084.852019
UAH 48.752692
UGX 4203.455089
USD 1.169795
UYU 47.105449
UZS 14739.421152
VES 124.207181
VND 30525.808315
VUV 140.524907
WST 3.212797
XAF 654.776125
XAG 0.032449
XAU 0.000357
XCD 3.161431
XDR 0.816257
XOF 654.504675
XPF 119.331742
YER 283.383336
ZAR 20.903119
ZMK 10529.565637
ZMW 27.683074
ZWL 376.673609
Ministro da Venezuela não acredita que cortes da Opep+ influenciem em sanções dos EUA
Ministro da Venezuela não acredita que cortes da Opep+ influenciem em sanções dos EUA / foto: Federico PARRA - AFP

Ministro da Venezuela não acredita que cortes da Opep+ influenciem em sanções dos EUA

Os cortes na produção de petróleo anunciados pela Opep+, no domingo, reduzem a oferta global e buscam estimular os preços, mas o ministro venezuelano do Petróleo não acredita que influenciem em uma maior flexibilização das sanções dos Estados Unidos.

Tamanho do texto:

"Não acredito", disse à AFP o ministro venezuelano do Petróleo, Pedro Tellechea, em Viena, onde participou da reunião dos treze membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderados pela Arábia Saudita, junto aos seus 10 parceiros, encabeçados pela Rússia.

No encontro, a Arábia Saudita se comprometeu em reduzir sua produção em um milhão de barris diários (mdb) a partir de julho e a Rússia anunciou que nove países produtores manterão, até o final de 2024, um corte voluntário em sua oferta de mais de um milhão de barris por dia, que está em vigor desde maio.

Francisco Monaldi, diretor do Programa Latino-Americano de Energia do Centro de Estudos Energéticos do Instituto Baker, acredita que "se se produz um aumento no preço do petróleo, isso pode pôr mais pressão sobre os Estados Unidos para relaxar ainda mais as sanções à Venezuela".

"A sinalização de que a Arábia Saudita está disposta a defender os preços tem esse efeito potencial", explicou Monaldi à AFP.

Durante sua estadia em Viena, o ministro venezuelano se reuniu com representantes da empresa energética italiana, Eni, e da espanhola Repsol. "A União Europeia está esperando também", disse.

"Vamos dar licença de exportação de gás para a ENI e para a Repsol", afirmou Tellechea à AFP. "O gás não está sancionado", acrescentou.

- A bola está com os EUA -

"Depois da reunião da Opep, a bola está com os Estados Unidos", disse à AFP Miguel Tinker Salas, professor da Universidade de Pomona College, nos Estados Unidos.

Os EUA aplicam sanções contra a Venezuela com o objetivo de pressionar pela saída do presidente Nicolás Maduro, cuja reeleição, em 2018, consideram "fraudulenta".

Essas medidas se endureceram em 2019 com um embargo ao petróleo venezuelano, no marco da estratégia de "máxima pressão" que o governo republicano de Donald Trump impulsionou.

Porém, essa política começou a mostrar fissuras e se flexibilizou com o democrata Joe Biden, sobretudo desde a crise energética derivada da guerra na Ucrânia.

Em novembro, a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) emitiu uma licença para que o gigante energético Chevron pudesse retomar suas operações na Venezuela, com a condição de que o dinheiro advindo das vendas seja utilizado para amortizar a dívida da petroleira estatal PDVSA.

Em maio, a Ofac renovou uma licença emitida, em novembro passado, a várias companhias de petróleo: Halliburton, Schlumberger Limited, Baker Hughes Holdings LLC e Weatherford International.

"A demanda mundial vai exigir e as empresas transnacionais vão exigir o seu direito, como o tem a Chevron", disse aos jornalistas Tellechea no sábado. "A demanda vai exigir isso."

"Nós podemos ser um dos fornecedores com muita tranquilidade e transparência para que os preços na Europa possam baixar, mas as pressões que os Estados Unidos têm exercido não permitem que a Europa tenha melhores resultados para sua economia", afirmou o ministro venezuelano.

- O ciclo eleitoral nos EUA -

Para Tinker Salas, se os Estados Unidos "querem que os preços se estabilizem, a medida que se adentra no ciclo eleitoral e fazer frente às preocupações sobre uma possível escassez, então deveria eliminar as sanções e permitir que ela (Venezuela) volte ao mercado".

A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, com uma produção que está em torno dos 860.000 barris diários, segundo o governo.

"Depende muito também, de se em algum momento os Estados Unidos acreditarão que a Venezuela vá fazer algumas concessões. Se não, pode haver alguma pequena liberalização, mas duvido que sejam dados passos significativos", afirmou Monaldi.

Em abril, um dos representantes da oposição da Venezuela ante Estados Unidos, Fernando Blasi, gerou controvérsias, após defender uma flexibilização das sanções de Washington.

Mark A. Wells, subsecretário adjunto do Departamento de Estado, disse, em abril, que a política de Washington "consistiu em calibrar as sanções para que respondam tanto as necessidades humanitárias, quanto resultados democráticos positivos".

Em Viena, o ministro venezuelano declarou: "Há uma mudança no discurso político, mas isso tem que se converter em realidade".

(Y.Yildiz--BBZ)