Berliner Boersenzeitung - Bombardeios causam escassez de pão em Gaza e seus preços disparam

EUR -
AED 4.157871
AFN 79.147377
ALL 97.791425
AMD 433.963171
ANG 2.025956
AOA 1038.063962
ARS 1293.941242
AUD 1.757171
AWG 2.04047
AZN 1.943585
BAM 1.952139
BBD 2.285135
BDT 137.852697
BGN 1.952749
BHD 0.426807
BIF 3367.506297
BMD 1.132022
BND 1.458687
BOB 7.819921
BRL 6.426376
BSD 1.131718
BTN 96.743446
BWP 15.190707
BYN 3.703658
BYR 22187.632659
BZD 2.273216
CAD 1.572316
CDF 3220.603083
CHF 0.935593
CLF 0.027814
CLP 1067.36074
CNY 8.173089
CNH 8.153044
COP 4723.384746
CRC 573.693722
CUC 1.132022
CUP 29.998585
CVE 110.057632
CZK 24.865929
DJF 201.531379
DKK 7.45938
DOP 66.711358
DZD 149.879916
EGP 56.511445
ERN 16.980331
ETB 152.37936
FJD 2.560072
FKP 0.846534
GBP 0.844619
GEL 3.101729
GGP 0.846534
GHS 13.467031
GIP 0.846534
GMD 82.075021
GNF 9803.701336
GTQ 8.687248
GYD 237.462092
HKD 8.864848
HNL 29.458454
HRK 7.531115
HTG 148.144327
HUF 402.196098
IDR 18484.562049
ILS 4.019754
IMP 0.846534
INR 96.878504
IQD 1482.541154
IRR 47672.27578
ISK 144.615673
JEP 0.846534
JMD 179.902622
JOD 0.80261
JPY 162.782814
KES 146.438953
KGS 98.995356
KHR 4530.264102
KMF 495.254296
KPW 1018.833904
KRW 1557.005483
KWD 0.347395
KYD 0.943081
KZT 576.997352
LAK 24468.815758
LBP 101400.764659
LKR 339.075616
LRD 226.343532
LSL 20.220911
LTL 3.342567
LVL 0.684749
LYD 6.203312
MAD 10.437818
MDL 19.573256
MGA 5067.228651
MKD 61.413319
MMK 2376.621027
MNT 4053.379776
MOP 9.125802
MRU 44.85249
MUR 51.73397
MVR 17.500717
MWK 1962.415791
MXN 21.861954
MYR 4.833712
MZN 72.334331
NAD 20.220109
NGN 1802.49641
NIO 41.652256
NOK 11.492627
NPR 154.789513
NZD 1.907095
OMR 0.435789
PAB 1.131718
PEN 4.172512
PGK 4.639259
PHP 62.977219
PKR 319.017643
PLN 4.24297
PYG 9039.648322
QAR 4.126225
RON 5.070892
RSD 117.044299
RUB 90.695383
RWF 1621.173823
SAR 4.246113
SBD 9.437819
SCR 16.359911
SDG 679.77724
SEK 10.848966
SGD 1.460297
SHP 0.889592
SLE 25.69445
SLL 23737.937132
SOS 646.752839
SRD 41.488488
STD 23430.571397
SVC 9.903515
SYP 14719.09719
SZL 20.225997
THB 37.115041
TJS 11.628277
TMT 3.967737
TND 3.386549
TOP 2.651307
TRY 43.949402
TTD 7.688175
TWD 34.061975
TZS 3060.418785
UAH 46.894942
UGX 4133.2852
USD 1.132022
UYU 47.141178
UZS 14591.507075
VES 107.184293
VND 29402.009339
VUV 137.319521
WST 3.135804
XAF 654.694525
XAG 0.034179
XAU 0.000342
XCD 3.059346
XDR 0.817488
XOF 654.729161
XPF 119.331742
YER 276.099227
ZAR 20.285727
ZMK 10189.557502
ZMW 30.782641
ZWL 364.510646
Bombardeios causam escassez de pão em Gaza e seus preços disparam
Bombardeios causam escassez de pão em Gaza e seus preços disparam / foto: MOHAMMED ABED - AFP

Bombardeios causam escassez de pão em Gaza e seus preços disparam

Um dos últimos armazéns de trigo na Faixa de Gaza foi gravemente danificado por bombardeios israelenses, e o pão, um alimento básico para seus habitantes, está cada vez mais escasso.

Tamanho do texto:

Já se passaram 42 dias desde que a guerra eclodiu entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, após o ataque do movimento islamista que deixou 1.200 mortos em território israelense -a maioria civis- segundo as autoridades.

A fábrica de farinha de Khan Yunis, no sul, já não funciona. Com reservas de 3.000 toneladas de trigo, é uma das mais importantes deste território palestino costeiro. Porém, seu armazém ficou parcialmente destruído e a fábrica deixou de funcionar por falta de combustível.

"Se a Cruz Vermelha não conseguir que os israelenses nos permitam fazer os reparos necessários, teremos que deixar de trabalhar", declara à AFP Abdelnasser al Ajami, presidente da associação de padeiros.

O andar superior do armazém foi atingido na madrugada de quinta-feira e a AFP não pôde verificar em que estado se encontram suas dependências.

Na véspera, a fábrica de farinha Al-Salam, em Deir al Balah (centro da Faixa), ficou destruída por outro ataque, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

Dos cinco moinhos de trigo que há na Faixa de Gaza, ao menos dois foram afetados pelos bombardeios israelenses que, desde 7 de outubro, deixaram 11.500 mortos -a maioria civis- segundo o governo do Hamas.

- Tensões no mercado -

Segundo a ONU, os 2,4 milhões de habitantes de Gaza enfrentam risco de fome "imediato", em meio ao "cerco total" ao qual são submetidos por Israel. Quase não há água e eletricidade, há pouca comida e os estoques de medicamentos estão praticamente esgotados.

Chegaram apenas 1.139 caminhões com ajuda humanitária do Egito, dos quais 447 transportavam alimentos, segundo a ONU. Isto cobre apenas "7% das necessidades calóricas mínimas diárias da população", estima o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Os poucos sacos de farinha disponíveis são vendidos a preço de ouro, até 180 euros (195 dólares ou 947 reais na cotação atual).

A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) conta com apenas 2.000 toneladas de trigo, o que equivaleria -segundo a agência- a cerca de 370 toneladas de farinha, ou seja, cinco a seis dias de abastecimento.

A agência da ONU explicou à AFP que trabalha com mais de 80 padarias da Faixa, mas todas do norte estão paradas e apenas 63 seguem operando, no centro e no sul, embora muitas não a 100% devido à falta de gás e eletricidade.

A maior padaria, na Cidade de Gaza, encerrou suas atividades na terça-feira porque um bombardeio israelense destruiu seus painéis solares. Os habitantes, famintos, avançaram sobre os estoques de farinha.

- Cebolas e berinjelas cruas -

Desde que a guerra começou, filas se formam em frente às padarias desde o amanhecer. Mesmo assim, é comum que os clientes não consigam comprar pães suficientes.

A Ocha acrescenta ainda, que os clientes chegam a esperar até cinco horas, em média, para serem atendidos, o que os "expõe aos bombardeios aéreos".

As mercearias estão com as estantes vazias e muitas exibem cartazes informando que não há pão ou fermento.

Diante da situação, muitos passaram a fazer pão em casa.

Porém, em muitas regiões não é possível encontrar farinha, água e sal, adverte a Ocha, afirmando que os habitantes são obrigados a "prescindir de alimentos ou reduzi-los". Há os que só comem "cebolas e berinjelas cruas", denuncia o escritório da ONU.

(O.Joost--BBZ)