Berliner Boersenzeitung - Bombardeios israelenses em campo de refugiados de Gaza matam mais de 80

EUR -
AED 4.167404
AFN 78.946657
ALL 98.433364
AMD 435.679525
ANG 2.030853
AOA 1041.145176
ARS 1340.96416
AUD 1.764513
AWG 2.043983
AZN 1.933594
BAM 1.958135
BBD 2.286813
BDT 138.584042
BGN 1.95547
BHD 0.425828
BIF 3371.230219
BMD 1.134758
BND 1.461953
BOB 7.836207
BRL 6.501715
BSD 1.132609
BTN 96.947615
BWP 15.212429
BYN 3.706474
BYR 22241.260943
BZD 2.275015
CAD 1.559328
CDF 3251.082686
CHF 0.931926
CLF 0.02763
CLP 1060.280799
CNY 8.175143
CNH 8.177272
COP 4714.920368
CRC 575.40275
CUC 1.134758
CUP 30.071093
CVE 110.396649
CZK 24.931085
DJF 201.685913
DKK 7.459678
DOP 66.8587
DZD 149.326762
EGP 56.2105
ERN 17.021373
ETB 151.556585
FJD 2.565734
FKP 0.843205
GBP 0.842152
GEL 3.109681
GGP 0.843205
GHS 11.624658
GIP 0.843205
GMD 81.702995
GNF 9813.34142
GTQ 8.71031
GYD 237.287606
HKD 8.897469
HNL 29.509013
HRK 7.534232
HTG 148.114967
HUF 403.770107
IDR 18574.516735
ILS 3.993152
IMP 0.843205
INR 97.049633
IQD 1485.671679
IRR 47801.690055
ISK 144.39842
JEP 0.843205
JMD 180.539487
JOD 0.804588
JPY 163.456291
KES 146.615074
KGS 99.235042
KHR 4536.233319
KMF 493.056748
KPW 1021.28239
KRW 1569.348346
KWD 0.348224
KYD 0.945119
KZT 579.836351
LAK 24471.863943
LBP 101478.348865
LKR 339.662057
LRD 226.511717
LSL 20.282172
LTL 3.350646
LVL 0.686404
LYD 6.203951
MAD 10.486221
MDL 19.649679
MGA 5179.124662
MKD 61.519211
MMK 2382.610329
MNT 4056.084845
MOP 9.161945
MRU 44.769433
MUR 51.926965
MVR 17.543791
MWK 1963.868081
MXN 22.048781
MYR 4.830103
MZN 72.522825
NAD 20.30982
NGN 1802.291504
NIO 41.682955
NOK 11.595003
NPR 155.115783
NZD 1.901883
OMR 0.434347
PAB 1.134132
PEN 4.108163
PGK 4.650214
PHP 63.285891
PKR 319.300134
PLN 4.251082
PYG 9049.470524
QAR 4.133994
RON 5.054671
RSD 117.725534
RUB 87.581498
RWF 1601.82927
SAR 4.257034
SBD 9.476102
SCR 16.101879
SDG 681.426477
SEK 10.883924
SGD 1.465431
SHP 0.891742
SLE 25.782127
SLL 23795.312556
SOS 647.2906
SRD 42.234003
STD 23487.203908
SVC 9.923747
SYP 14753.955772
SZL 20.275573
THB 37.22421
TJS 11.342075
TMT 3.977328
TND 3.390543
TOP 2.657722
TRY 44.461874
TTD 7.701116
TWD 33.948604
TZS 3055.083652
UAH 47.047448
UGX 4122.880246
USD 1.134758
UYU 47.228193
UZS 14480.842814
VES 107.627873
VND 29528.110798
VUV 136.50206
WST 3.139886
XAF 655.846154
XAG 0.034398
XAU 0.000345
XCD 3.066741
XDR 0.815662
XOF 655.846154
XPF 119.331742
YER 276.711202
ZAR 20.418323
ZMK 10214.189682
ZMW 30.154903
ZWL 365.391681
Bombardeios israelenses em campo de refugiados de Gaza matam mais de 80
Bombardeios israelenses em campo de refugiados de Gaza matam mais de 80 / foto: Mahmud HAMS - AFP

Bombardeios israelenses em campo de refugiados de Gaza matam mais de 80

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou neste sábado (18) que mais de 80 pessoas morreram em dois bombardeios israelenses contra um campo de refugiados administrado pela ONU em Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, território destruído pelos combates entre Israel e o movimento islamista palestino.

Tamanho do texto:

O primeiro ataque, que deixou 50 mortos, aconteceu "ao amanhecer, na escola Al Fakhura", que abriga pessoas deslocadas e deixou pelo menos 50 mortos, informou à AFP um funcionário do ministério.

As imagens publicadas nas redes sociais mostram corpos, cobertos de sangue ou de poeira, no chão do prédio, onde colchões haviam sido posicionados debaixo das mesas dos estudantes.

A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) expressou indignação com o que chamou de ataque "horrendo" e pediu que as escolas não sejam tomadas como alvos de operações bélicas.

O segundo bombardeio, que atingiu uma casa no mesmo campo de refugiados, matou 32 pessoas da mesma família, incluindo 19 crianças, segundo o Ministério do Hamas, que divulgou uma lista de nomes.

Durante a madrugada, um ataque contra três edifícios em Khan Yunis matou 26 pessoas, informou o diretor do hospital Nasser desta cidade do sul da Faixa de Gaza.

Combatentes do Hamas executaram no dia 7 de outubro um ataque sem precedentes em território israelense, quando mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram quase 240 reféns, segundo as autoridades israelenses.

Desde então, Israel bombardeia a Faixa de Gaza de modo incessante. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, 12.000 civis palestinos morreram, incluindo 5.000 menores de idade.

- Hospital evacuado -

Centenas de pessoas foram retiradas neste sábado do hospital Al Shifa, o maior do território palestino, que abrigava mais de 2.000 pacientes, profissionais da saúde e pessoas deslocadas pela guerra.

Os pacientes, acompanhados por médicos e deslocados, saíram do hospital a pé, um enorme complexo no oeste da cidade de Gaza, segundo um jornalista da AFP no local. O centro médico está sem energia elétrica, água e alimentos há vários dias.

O grupo caminhou em direção à rodovia Salaheddin, que segue para o sul da Gaza, onde o Exército israelense exige que a população procure refúgio.

No caminho, um correspondente da AFP observou pelo menos 15 corpos, alguns em estado avançado de decomposição. Nos arredores, estradas e lojas destruídas, além de carros virados e esmagados.

Seis médicos permanecerão no hospital para cuidar de 120 pacientes, incluindo bebês prematuros, que não podem ser transferidos, anunciou o doutor Ahmed El Mokhallalati na rede social X.

De modo paralelo aos bombardeios, Israel, que prometeu "aniquilar" o Hamas, efetua operações terrestres desde 27 de outubro na Faixa de Gaza, um território de 362 quilômetros quadrados e 2,4 milhões de habitantes.

As operações terrestres se concentram no norte do território, na cidade de Gaza, que virou uma área de ruínas; e ao redor dos hospitais, que o Exército acusa o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, de utilizar como bases, além de usar os pacientes como "escudos humanos".

O território está cercado desde 9 de outubro por Israel, que cortou o acesso ao fornecimento de alimentos, água, energia elétrica e remédios, que transitam por Rafah, na fronteira com o Egito, no sul de Gaza.

Segundo o Hamas, 24 dos 35 hospitais de Gaza interromperam os serviços.

Segundo a ONU, mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra. A maioria fugiu para o sul com o mínimo necessário e sobrevive ao frio que se aproxima.

"Com o inverno se aproximando rapidamente, abrigos inseguros e superlotados e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer de fome", advertiu na quinta-feira o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.

A pedido dos Estados Unidos, Israel autorizou na sexta-feira a entrada diária por Rafah de dois caminhões-tanque com combustíveis na Faixa de Gaza. Segundo a autoridade da parte palestina da passagem de fronteira, os primeiros 17.000 litros permitirão reativar os geradores elétricos de hospitais e das redes de telecomunicações.

Israel se recusava a permitir a passagem de combustível, alegando que poderia beneficiar as atividades militares do Hamas, que é classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel.

Mas as entregas diárias autorizadas representam apenas uma pequena parte do volume de combustível (50 caminhões), que entravam em Gaza a cada 24 horas antes do início da guerra, segundo a UNRWA.

A tensão também é elevada na Cisjordânia, um território ocupado desde 1967 por Israel, onde quase 200 palestinos morreram em ações de colonos e soldados israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde palestino.

- Pressão externa e interna sobre Netanyahu -

O gabinete de guerra israelense, liderado pelo primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu, enfrenta uma forte pressão externa para aliviar o sofrimento dos civis de Gaza.

Pela primeira vez desde o início da guerra, o Conselho de Segurança da ONU pediu "pausas humanitárias", em uma resolução aprovada na quarta-feira apesar abstenção dos Estados Unidos, da Rússia e do Reino Unido.

Netanyahu também enfrenta a pressão dos familiares dos sequestrados pelo Hamas, que exigem um acordo que permita a sua libertação.

A marcha de milhares de pessoas que pedem a libertação dos reféns chegou a Jerusalém neste sábado, depois de vários dias de caminhada.

"Tragam eles para casa agora", gritaram milhares de manifestantes para destacar o lema da manifestação, liderada pelos familiares dos reféns, que pretendem se reunir nas próximas horas diante do gabinete de Netanyahu.

A multidão, que saiu na terça-feira de Tel Aviv, a 60 quilômetros de distância, chegou a Jerusalém durante a tarde, com bandeiras de Israel e fotos dos reféns.

As famílias, que acusam o governo de não apresentar informações sobre a gestão para obter a libertação dos reféns, se reunirão após a manifestação com dois integrantes do gabinete de guerra, Benny Gantz e Gadi Eizenkot.

A reunião acontecerá em Tel Aviv, na sede do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, a organização criada para dar assistência aos parentes dos quase 240 reféns identificados pelas autoridades israelenses.

(F.Schuster--BBZ)