Berliner Boersenzeitung - Bombardeios israelenses matam mais de 80 em campo de refugiados de Gaza

EUR -
AED 3.998043
AFN 76.035653
ALL 101.177683
AMD 438.48659
ANG 1.962597
AOA 905.775394
ARS 392.655948
AUD 1.632926
AWG 1.962331
AZN 1.855064
BAM 1.954403
BBD 2.198728
BDT 120.054191
BGN 1.954403
BHD 0.410407
BIF 3097.386133
BMD 1.088672
BND 1.455959
BOB 7.524622
BRL 5.359669
BSD 1.088922
BTN 90.682185
BWP 14.735468
BYN 3.587736
BYR 21337.968617
BZD 2.195031
CAD 1.469435
CDF 2906.754282
CHF 0.947219
CLF 0.034258
CLP 945.284355
CNY 7.698874
COP 4373.673902
CRC 576.288096
CUC 1.088672
CUP 28.849805
CVE 110.186244
CZK 24.281524
DJF 193.891415
DKK 7.45708
DOP 62.015674
DZD 146.865145
EGP 33.649249
ERN 16.330078
ETB 61.18187
FJD 2.417727
FKP 0.856704
GBP 0.857289
GEL 2.934014
GGP 0.856704
GHS 13.078652
GIP 0.856704
GMD 73.349311
GNF 9358.311117
GTQ 8.529903
GYD 227.82716
HKD 8.503947
HNL 26.871793
HRK 7.665959
HTG 144.126985
HUF 378.880006
IDR 16802.289446
ILS 4.046784
IMP 0.856704
INR 90.598021
IQD 1426.580347
IRR 46009.998988
ISK 151.140736
JEP 0.856704
JMD 168.299707
JOD 0.772308
JPY 159.84429
KES 165.851457
KGS 97.093749
KHR 4480.797335
KMF 492.570005
KPW 979.804681
KRW 1413.460833
KWD 0.336106
KYD 0.907451
KZT 502.590772
LAK 22546.884541
LBP 16367.201489
LKR 357.474494
LRD 204.834028
LSL 20.380353
LTL 3.214565
LVL 0.658527
LYD 5.226265
MAD 10.964563
MDL 19.329184
MGA 4949.462356
MKD 61.575988
MMK 2286.865455
MNT 3740.242466
MOP 8.764236
MRO 388.65567
MUR 48.298079
MVR 16.722412
MWK 1833.089793
MXN 18.710137
MYR 5.087406
MZN 68.858442
NAD 20.260594
NGN 858.962479
NIO 39.851516
NOK 11.695422
NPR 145.091296
NZD 1.75366
OMR 0.419181
PAB 1.089022
PEN 4.073888
PGK 4.060098
PHP 60.257448
PKR 306.687194
PLN 4.340897
PYG 8102.20892
QAR 3.963583
RON 4.954587
RSD 117.166255
RUB 99.314133
RWF 1353.532558
SAR 4.083939
SBD 9.227524
SCR 14.561028
SDG 654.292162
SEK 11.356791
SGD 1.451857
SHP 1.324642
SLE 24.750966
SLL 21501.269766
SOS 622.179962
SRD 41.168675
STD 22533.309653
SYP 14154.695272
SZL 20.319477
THB 37.96239
TJS 11.907889
TMT 3.821238
TND 3.389077
TOP 2.567201
TRY 31.462403
TTD 7.38772
TWD 34.030835
TZS 2727.85026
UAH 39.712216
UGX 4141.040178
USD 1.088672
UYU 42.579566
UZS 13394.42629
VEF 3868485.236161
VES 38.687206
VND 26443.839679
VUV 129.267066
WST 2.921028
XAF 655.488487
XAG 0.042719
XAU 0.000525
XCD 2.942191
XDR 0.818215
XOF 655.488487
XPF 119.591001
YER 272.549398
ZAR 20.313315
ZMK 9799.35713
ZMW 25.863514
ZWL 350.551897
Bombardeios israelenses matam mais de 80 em campo de refugiados de Gaza
Bombardeios israelenses matam mais de 80 em campo de refugiados de Gaza / foto: Said Khatib - AFP

Bombardeios israelenses matam mais de 80 em campo de refugiados de Gaza

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou, neste sábado (18), a morte de mais de 80 pessoas em dois bombardeios israelenses contra um campo de refugiados administrado pela ONU em Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, devastado pelos combates entre Israel e o movimento islamista palestino.

Tamanho do texto:

O primeiro bombardeio, que alvejou uma escola, deixou 50 mortos, e o segundo atingiu uma residência, matando 32 pessoas da mesma família, incluindo 19 crianças, segundo as autoridades do movimento islamista, no poder em Gaza desde 2007.

O primeiro bombardeio atingiu ao amanhecer a escola Al Fakhura, que abriga pessoas deslocadas, informou à AFP um funcionário do ministério.

Imagens que circulam nas redes sociais, verificadas pela AFP, mostram corpos cobertos de sangue ou poeira nos andares do prédio, onde colchões foram colocados debaixo das carteiras.

A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) expressou indignação pelo que chamou de um ataque "horrendo". "Estes ataques (...) devem parar. Um cessar-fogo humanitário não pode esperar mais", escreveu na rede X (antigo Twitter) o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini.

O coordenador de Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência das Nações Unidas (OCHA), Martin Griffiths, fez alusão a "informações trágicas" e lembrou que os refúgios eram "locais de segurança" e as escolas, "locais de ensino".

No segundo bombardeio, que atingiu uma casa no mesmo campo de refugiados, morreram 32 membros da mesma família, incluindo 19 crianças, informou o Ministério da Saúde do Hamas, que divulgou uma lista de nomes.

O Exército israelense não confirmou os bombardeios, mas informou em um comunicado que suas tropas estavam ampliando as operações na Faixa de Gaza, incluindo em algumas partes de Jabaliya, para "se dirigir contra terroristas e bombardear infraestrutura do Hamas".

À noite, outro bombardeio israelense atingiu Khan Yunis, matando ao menos 26 pessoas, segundo o diretor do hospital Nasser nesta cidade do sul da Faixa de Gaza.

Em 7 de outubro, comandos do Hamas mataram 1.200 pessoas em solo israelense, a maioria civis, e sequestraram, juntamente com outros grupos armados, cerca de 240 pessoas, segundo as autoridades israelenses.

Desde então, os bombardeios de Israel em represália na Faixa de Gaza têm sido incessantes e mataram, segundo um balanço do Ministério da Saúde do Hamas, 12.300 civis palestinos, incluindo 5.000 crianças.

- Hospital evacuado -

Neste sábado, centenas de pessoas evacuaram o hospital Al Shifa, onde havia mais de 2.000 pacientes, médicos e pessoas deslocadas pela guerra, depois de serem instadas por Israel a deixar o local "em uma hora".

Israel realiza incursões há quatro dias neste hospital, o maior do território, por considerar que abriga um centro de comando do Hamas.

Seis médicos vão permanecer no hospital para atender 120 pacientes, incluindo bebês prematuros, que não podem ser transferidos, informou um deles, o doutor Ahmed El Mokhallalati, na rede X.

Os doentes, acompanhados de pessoal médico, deixaram o hospital a pé e se dirigiram para a rodovia Sal, informou um jornalista da AFP.

Pelo caminho, um jornalista da AFP viu pelo menos quinze corpos, alguns em avançado estado de decomposição, em meio a uma paisagem de estradas destroçadas, lojas destruídas e carros virados ou esmagados.

Paralelamente aos bombardeios, Israel, que prometeu "aniquilar" o Hamas, realiza desde 27 de outubro operações terrestres na Faixa de Gaza, um território de 362 km2 e cerca de 2,4 milhões de habitantes.

As operações terrestres se concentram no norte do território, na Cidade de Gaza, transformada em um campo de ruínas, e ao redor de hospitais, onde o Exército acusa o Hamas de ter instalado bases e usar os doentes como "escudos humanos".

Em 9 de outubro, Israel cortou o fornecimento de alimentos, água, eletricidade e remédios que costumam transitar por Rafah, na fronteira com o Egito, no sul da Faixa.

Segundo o Hamas, 24 dos 35 hospitais de Gaza pararam de funcionar.

De acordo com a ONU, mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra. A maioria fugiu para o sul com o mínimo e sobrevive ao frio que se avizinha.

Na quinta-feira, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas advertiu que os civis de Gaza "enfrentam a possibilidade imediata de morrer de fome".

A pedido dos Estados Unidos, Israel autorizou na sexta-feira a entrada diária por Rafah de dois caminhões-tanque com combustível. Segundo a autoridade da parte palestina da passagem fronteiriça, os primeiros 17.000 litros vão permitir reativar os geradores elétricos de hospitais e redes de telecomunicações.

Israel se negava até agora a deixar passar o combustível, alegando que poderia ser usado em atividades militares do Hamas, um movimento considerado organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel.

As tensões também são elevadas na Cisjordânia, território ocupado desde 1967 por Israel, onde cerca de 200 palestinos morreram nas mãos de colonos e soldados israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde palestino.

- Netanyahu sob pressão interna e externa -

O gabinete de guerra israelense, chefiado pelo primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu, enfrenta forte pressão externa para atenuar o sofrimento dos civis em Gaza.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira uma resolução para pedir "pausas humanitárias" na guerra.

O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, destacou, neste sábado, em conversa por telefone com Netanyahu, a "necessidade urgente" de aliviar a crise humanitária em Gaza.

O premiê israelense também enfrenta a pressão dos familiares dos sequestrados pelo Hamas, que pedem um acordo que permita libertá-los.

Uma marcha de milhares de pessoas, que partiu na terça-feira de Tel Aviv, chegou este sábado a Jerusalém com o lema "Tragam-nos para casa agora", e se dirigia para o gabinete de Netanyahu.

(K.Lüdke--BBZ)