Berliner Boersenzeitung - EUA retoma queda de braço contra Agência Mundial Antidoping

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EUA retoma queda de braço contra Agência Mundial Antidoping
EUA retoma queda de braço contra Agência Mundial Antidoping / foto: Marc BRAIBANT - AFP/Arquivos

EUA retoma queda de braço contra Agência Mundial Antidoping

Com o não pagamento de sua cota para a Agência Mundial Antidoping (WADA), os Estados Unidos retomaram a queda de braço contra a entidade, com o risco de acirrar os ânimos no mundo do esporte, já abalado no ano passado pelo tema.

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Na quarta-feira, Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas da Casa Branca (ONDCP) suspendeu o pagamento de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 22 milhões pela cotação atual) ao programa mundial de luta contra o doping, conforme anunciou a Agência Americana Antidoping (USADA).

Os Estados Unidos são, de longe, o país que mais contribui com o orçamento anual da WADA, que em 2024 foi de US$ 53 milhões (R$ 322 milhões), financiados pelos governos e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

- Por que os EUA suspenderam o pagamento? -

Segundo a USADA, trata-se de "proteger os direitos dos atletas", que a WADA teria manchado ao não realizar "uma auditoria independente" de suas operações após o escândalo com 23 nadadores chineses que testaram positivo em 2021, mas não foram suspensos.

O caso, revelado há um ano pelo jornal The New York Times e pela emissora alemã ARD, ganhou rapidamente contornos geopolíticos, reacendendo as hostilidades entre o diretor-executivo da USADA, Travis Tygart, e a WADA.

Tygart, que já foi incisivo em seus ataques à WADA com o escândalo de doping na Rússia revelado em 2015, acusa há meses a agência de "permitir à China esconder casos positivos debaixo do tapete".

Por sua vez, a WADA reitera que não descumpriu as normas antidoping ao aceitar a tese de "contaminação alimentar" dada pelas autoridades chinesas e considera que o caso encerrado desde que o promotor suíço Eric Cottier estimou em um relatório que a entidade trabalhou "de maneira autônoma, independente e profissional".

- Como reagiu o mundo do esporte? -

Procurado pela AFP, o COI apontou que o caso é "um tema entre a WADA e as autoridades públicas como partes interessadas" do sistema antidoping. A Associação de Federações Olímpicas de Verão (ASOIF) e a de inverno (WOF) não se pronunciaram sobre o assunto.

No entanto, no ano passado, os três órgãos condenaram firmemente a abertura de uma investigação por parte da justiça americana, realizada pelo FBI, sobre a atuação da WADA no caso dos nadadores chineses.

A investigação se baseia no 'Rodchenkov Act', promulgado no final de 2020 pelo presidente eleito Donald Trump, então em seu primeiro mandato, pelo qual os Estados Unidos reivindicaram jurisdição extraterritorial em matéria de doping.

Para o mundo do esporte, o imbróglio ameaça fragilizar a WADA, criada em 1999 após o 'caso Festina' no ciclismo, com a missão de elaborar um código mundial antidoping e permitir uma luta coerente para os esportes e países.

"Você consegue imaginar qual seria a reação dos Estados Unidos se as forças de segurança chinesas investigassem atletas americanos?", perguntou o ex-diretor de marketing do COI Michael Payne, em entrevista à AFP.

Para o ex-dirigente, os Estados Unidos "parecem tentar piorar o problema deliberadamente", um novo exemplo "da crescente instrumentalização política do esporte".

- Quais são as consequências para os EUA? -

A USADA afirmou na quarta-feira que o não pagamento da cota "não terá impacto sobre os atletas americanos ou sobre o seu direito de competir em eventos ao redor do mundo".

Mas este caso joga luz sobre a incoerência dos Estados Unidos na luta contra o doping, visto que nem suas ligas profissionais (basquete, hóquei, futebol americano e beisebol), nem o poderoso esporte universitário, aplicam o código mundial antidoping.

"A USADA não fez nada para corrigir esta situação", lembrou em julho o chefe da WADA, Witold Banka, diante dos membros do COI reunidos em Paris para a 142ª sessão da entidade.

Na mesma sessão, o COI colocou mais pressão ao ameaçar anular a atribuição de Salt Lake City como sede dos Jogos de Inverno de 2034 "caso a autoridade suprema da WADA não seja plenamente respeitada".

"Os Estados Unidos não podem limpar o esporte mundial por si só", prometeu o governador de Utah, enquanto os organizadores dos Jogos de Salt Lake City-2034 e dirigentes do Comitê Olímpico Americano fizeram repetidos pronunciamentos para tentar apaziguar a situação.

(A.Lehmann--BBZ)