Berliner Boersenzeitung - Opositores venezuelanos deixam refúgio na embaixada argentina

EUR -
AED 4.247724
AFN 81.382259
ALL 97.942545
AMD 443.939575
ANG 2.069889
AOA 1060.608591
ARS 1367.349581
AUD 1.768944
AWG 2.084783
AZN 1.97823
BAM 1.954653
BBD 2.334431
BDT 141.397053
BGN 1.955837
BHD 0.436231
BIF 3442.580502
BMD 1.156607
BND 1.481031
BOB 8.018296
BRL 6.346644
BSD 1.156122
BTN 99.659537
BWP 15.456933
BYN 3.78368
BYR 22669.487548
BZD 2.322338
CAD 1.568549
CDF 3327.556712
CHF 0.940201
CLF 0.028179
CLP 1081.346391
CNY 8.304146
CNH 8.309454
COP 4747.719355
CRC 582.258434
CUC 1.156607
CUP 30.650072
CVE 110.201306
CZK 24.7988
DJF 205.879226
DKK 7.458736
DOP 68.359898
DZD 150.273274
EGP 57.996557
ERN 17.349098
ETB 155.258122
FJD 2.589872
FKP 0.850588
GBP 0.852425
GEL 3.151722
GGP 0.850588
GHS 11.908014
GIP 0.850588
GMD 82.685314
GNF 10017.123721
GTQ 8.879791
GYD 241.798156
HKD 9.078945
HNL 30.188291
HRK 7.537023
HTG 151.311237
HUF 402.722866
IDR 18849.678896
ILS 4.049627
IMP 0.850588
INR 99.753886
IQD 1514.611493
IRR 48704.699992
ISK 143.580963
JEP 0.850588
JMD 184.012054
JOD 0.820009
JPY 167.329158
KES 149.583773
KGS 101.144807
KHR 4630.283767
KMF 492.148277
KPW 1040.951798
KRW 1579.109081
KWD 0.354025
KYD 0.963535
KZT 599.848115
LAK 24943.367637
LBP 103591.830608
LKR 347.716022
LRD 231.234353
LSL 20.623702
LTL 3.415159
LVL 0.69962
LYD 6.27332
MAD 10.53512
MDL 19.747416
MGA 5191.954278
MKD 61.506202
MMK 2427.662513
MNT 4143.505213
MOP 9.348137
MRU 45.644224
MUR 52.521731
MVR 17.817545
MWK 2004.823923
MXN 21.895637
MYR 4.910374
MZN 73.965295
NAD 20.623702
NGN 1788.552951
NIO 42.545042
NOK 11.417591
NPR 159.45546
NZD 1.90391
OMR 0.444707
PAB 1.156122
PEN 4.165656
PGK 4.760208
PHP 65.685992
PKR 327.597724
PLN 4.276015
PYG 9235.582191
QAR 4.217126
RON 5.027795
RSD 117.213988
RUB 90.68071
RWF 1669.52062
SAR 4.339437
SBD 9.654647
SCR 16.972783
SDG 694.541519
SEK 10.946465
SGD 1.481509
SHP 0.908911
SLE 25.705549
SLL 24253.464398
SOS 660.712411
SRD 44.808109
STD 23939.419527
SVC 10.116066
SYP 15038.078425
SZL 20.618904
THB 37.60417
TJS 11.451782
TMT 4.048123
TND 3.417095
TOP 2.708891
TRY 45.554966
TTD 7.849395
TWD 34.117569
TZS 3006.230857
UAH 48.039035
UGX 4156.561664
USD 1.156607
UYU 47.502545
UZS 14700.376415
VES 118.167034
VND 30166.032627
VUV 138.693648
WST 3.182725
XAF 655.572426
XAG 0.031252
XAU 0.000342
XCD 3.125787
XDR 0.818022
XOF 655.578091
XPF 119.331742
YER 280.997676
ZAR 20.605546
ZMK 10410.848583
ZMW 28.146489
ZWL 372.426824
Opositores venezuelanos deixam refúgio na embaixada argentina
Opositores venezuelanos deixam refúgio na embaixada argentina / foto: . - AFP/Arquivos

Opositores venezuelanos deixam refúgio na embaixada argentina

Os cinco opositores venezuelanos que estavam refugiados há mais de um ano na embaixada da Argentina em Caracas deixaram a sede diplomática e chegaram de forma inesperada aos Estados Unidos, após uma "operação" que Washington afirma ter conduzido, sem que até o momento o governo da Venezuela tenha se pronunciado.

Tamanho do texto:

A saída foi anunciada na noite de terça-feira, 6 de maio, pelo chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, que mencionou uma "operação precisa" sem oferecer detalhes.

Fontes ligadas ao governo venezuelano disseram à AFP que a saída dos opositores não se deu por uma operação de "fuga", mas sim como resultado de uma "negociação". A oposição afirma que os salvo-condutos foram negados até "o último instante".

Quem são esses opositores?

– Os asilados –

Todos são colaboradores da líder opositora María Corina Machado. Inicialmente, eram seis os refugiados, mas em dezembro de 2024, um deles, Fernando Martínez Mottola, se entregou às autoridades e recebeu liberdade condicional. Ele faleceu em 26 de fevereiro por problemas de saúde.

Permaneceram na embaixada: a braço direito e chefe de campanha de Machado, Magalli Meda; o coordenador internacional de sua equipe de campanha, Pedro Urruchurtu; a responsável pela comunicação, Claudia Macero; o coordenador eleitoral Humberto Villalobos, e Omar González, membro da direção do partido Vente Venezuela.

– "Cerco" –

Eles se refugiaram em 20 de março de 2024, em meio a uma onda de prisões antes das eleições de 28 de julho passado, após as quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito, em meio a denúncias de fraude por parte da oposição.

Todos tinham ordem de prisão expedida pelo Ministério Público, que os acusava de tentar "gerar desestabilização" e incentivar a insurreição de "uma ala militar".

Depois de cinco meses de refúgio, denunciaram um "cerco" policial do lado de fora da residência argentina, que teria persistido até pelo menos duas semanas atrás, segundo os opositores.

Relataram pelas redes sociais cortes prolongados de energia na sede diplomática, que contava apenas com um gerador em funcionamento. Também denunciaram a interrupção do fornecimento de água e obstáculos à entrada de alimentos e medicamentos.

O governo da Venezuela negou a existência de qualquer "cerco".

– Crise diplomática –

A Venezuela rompeu relações com a Argentina e outros países da região após os questionamentos à reeleição de Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos. O corpo diplomático deixou o país.

O Brasil assumiu a representação diplomática da Argentina e, um mês depois, Caracas revogou os credenciamentos, ainda que o país tenha continuado defendendo os interesses argentinos.

As relações com a Argentina se tornaram ainda mais tensas com a prisão do gendarme argentino Nahuel Gallo em 8 de dezembro de 2024, quando ele visitava sua parceira e seu filho de dois anos na Venezuela.

– Negociação? –

Segundo a oposição, o governo venezuelano negou salvo-condutos até "o último instante", enquanto Rubio afirma que o grupo saiu por meio de uma "operação precisa", sem divulgar detalhes.

María Corina Machado acrescentou que se tratou de uma "operação impecável".

O Brasil, por sua vez, declarou que trabalhou "inúmeras vezes" para obter os salvo-condutos e ofereceu retirar os solicitantes de asilo da Venezuela para "solucionar diplomaticamente a crise".

Mas "as reiteradas gestões não foram atendidas, o que prolongou a difícil situação humanitária na residência da embaixada argentina em Caracas, que se encontrava cercada por forças de segurança", informou o Itamaraty em comunicado nesta quarta-feira.

O governo venezuelano ainda não se pronunciou, mas fontes ligadas ao chavismo afirmam que houve uma negociação.

A chefe de campanha de Machado chegou a declarar que estava disposta a negociar sua saída. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, negava essa possibilidade.

A saída dos opositores ocorreu num momento em que Caracas criticava o governo de Donald Trump pela deportação de cerca de 253 imigrantes venezuelanos para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador, um aliado de Washington.

O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, chegou a propor em 20 de abril uma troca desses imigrantes pelo mesmo número de presos políticos, incluindo os asilados.

A Venezuela rejeitou a proposta e Maduro acusou Bukele de ser um "violador sistemático" de direitos humanos.

Caracas e Washington já fizeram trocas de presos no passado. No final de janeiro, seis americanos detidos na Venezuela foram libertados após negociações entre os dois países.

Em dezembro de 2023, os EUA libertaram Álex Saab, empresário acusado de ser "testa de ferro" de Maduro, em troca de 26 presos em cárceres venezuelanos.

(O.Joost--BBZ)