Berliner Boersenzeitung - Venezuela se tinge de vermelho chavista após boicote da oposição nas eleições

EUR -
AED 4.229036
AFN 79.842001
ALL 98.112186
AMD 437.919812
ANG 2.060889
AOA 1054.812094
ARS 1361.096922
AUD 1.77343
AWG 2.072774
AZN 1.961905
BAM 1.954996
BBD 2.30859
BDT 139.722509
BGN 1.954408
BHD 0.434206
BIF 3404.147127
BMD 1.151541
BND 1.470859
BOB 7.900818
BRL 6.37747
BSD 1.143359
BTN 97.827747
BWP 15.3071
BYN 3.741825
BYR 22570.207191
BZD 2.296695
CAD 1.574174
CDF 3312.983995
CHF 0.940717
CLF 0.028031
CLP 1075.666068
CNY 8.283381
CNH 8.280045
COP 4811.714834
CRC 580.901337
CUC 1.151541
CUP 30.515841
CVE 110.219649
CZK 24.786925
DJF 203.609758
DKK 7.460283
DOP 67.45693
DZD 150.970461
EGP 57.007732
ERN 17.273118
ETB 156.038481
FJD 2.588376
FKP 0.85255
GBP 0.848093
GEL 3.155375
GGP 0.85255
GHS 11.777256
GIP 0.85255
GMD 81.187744
GNF 9907.267664
GTQ 8.786385
GYD 239.88338
HKD 9.038383
HNL 29.837537
HRK 7.536834
HTG 149.95481
HUF 400.402548
IDR 18708.456256
ILS 4.012154
IMP 0.85255
INR 98.376538
IQD 1497.835725
IRR 48479.883947
ISK 143.609103
JEP 0.85255
JMD 182.845881
JOD 0.816469
JPY 165.77815
KES 149.109001
KGS 100.702471
KHR 4588.311304
KMF 493.437864
KPW 1036.386861
KRW 1569.09956
KWD 0.352176
KYD 0.952841
KZT 582.350613
LAK 24679.274018
LBP 102447.425966
LKR 341.785304
LRD 228.677893
LSL 20.375763
LTL 3.400202
LVL 0.696556
LYD 6.247592
MAD 10.512402
MDL 19.717401
MGA 5178.139189
MKD 61.489408
MMK 2417.31418
MNT 4112.433627
MOP 9.243698
MRU 45.210538
MUR 52.37194
MVR 17.739488
MWK 2000.227319
MXN 21.782579
MYR 4.8739
MZN 73.640685
NAD 20.381071
NGN 1765.231828
NIO 42.07415
NOK 11.576881
NPR 156.535466
NZD 1.911484
OMR 0.44276
PAB 1.14333
PEN 4.184125
PGK 4.703228
PHP 64.263484
PKR 322.898056
PLN 4.251592
PYG 9123.404511
QAR 4.170084
RON 5.026468
RSD 117.239793
RUB 91.540426
RWF 1622.431054
SAR 4.318911
SBD 9.608322
SCR 16.823821
SDG 691.502074
SEK 10.978471
SGD 1.477283
SHP 0.904931
SLE 25.362688
SLL 24147.243087
SOS 653.470844
SRD 43.003733
STD 23834.57754
SVC 10.005231
SYP 14972.274185
SZL 20.341337
THB 37.357728
TJS 11.433795
TMT 4.030394
TND 3.4036
TOP 2.697024
TRY 45.118424
TTD 7.760941
TWD 34.230726
TZS 3011.28003
UAH 47.462956
UGX 4100.348465
USD 1.151541
UYU 47.37092
UZS 14491.163261
VES 115.40078
VND 29963.101587
VUV 138.316092
WST 3.036094
XAF 655.727053
XAG 0.031694
XAU 0.000341
XCD 3.112097
XDR 0.815486
XOF 655.704284
XPF 119.331742
YER 280.22741
ZAR 20.379458
ZMK 10365.252412
ZMW 28.327836
ZWL 370.795791
Venezuela se tinge de vermelho chavista após boicote da oposição nas eleições
Venezuela se tinge de vermelho chavista após boicote da oposição nas eleições / foto: Federico PARRA - AFP

Venezuela se tinge de vermelho chavista após boicote da oposição nas eleições

O chavismo tingiu de vermelho o mapa da Venezuela nas eleições de domingo e consolidou o poder de Nicolás Maduro, enquanto a oposição comemorou sua estratégia de abstenção, embora sem definir seus próximos passos.

Tamanho do texto:

O partido de Maduro, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), conquistou 23 das 24 governadorias e projeta ratificar sua maioria absoluta no Parlamento para os próximos cinco anos.

Maduro solidifica o controle das instituições do país dez meses após sua reeleição contestada, marcada por distúrbios e prisões em massa. E com essa maioria, avança tranquilamente rumo à sua reforma da Constituição, sobre a qual há poucas informações.

"Hoje demonstramos o poder do chavismo!", comemorou Maduro na praça Bolívar de Caracas após a leitura dos resultados.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir a Maduro, fixou a participação em 42,6% dos 21 milhões de eleitores convocados a votar.

- "Implicações profundas" -

Onde Maduro celebrou vitória, a oposição enxergou uma derrota: sua líder, María Corina Machado, convocou a população a não participar e sustentou que a baixa presença nos centros eleitorais representou um novo protesto contra a proclamação do mandatário em 28 de julho passado, sob gritos de fraude.

Nesta eleição — sem observação independente —uma ala opositora rebelde participou, mas a fratura interna se traduziu em migalhas: um punhado de deputados e a governadoria do estado de Cojedes (centro).

Assim, nesta segunda-feira, o chavismo tem o controle absoluto da Assembleia Nacional até 2031 e dos poderes regionais, em segundo plano, até 2029.

"Celebram em uníssono o governo e a oposição", estimou o analista político Luis Vicente León. "A diferença está na duração e na profundidade dessas vitórias".

"O resultado, embora previsível, não deixa de ter implicações profundas", continuou. "Um chavismo fortalecido no controle institucional, uma oposição dividida e com representação limitada, e uma maioria social desmobilizada".

- "Paz, paz, paz!" -

As eleições ocorreram poucos dias após a prisão do dirigente Juan Pablo Guanipa, próximo a Machado, e de outros 69 opositores acusados de integrar uma "rede terrorista" para sabotar essas eleições.

O governo mobilizou mais de 400 mil efetivos para a segurança da votação, restringiu as passagens fronteiriças e suspendeu a conexão aérea com a Colômbia, em princípio, até a tarde desta segunda-feira.

Em uma das rodovias de Caracas, um corredor de agentes da contrainteligência, encapuzados e com armas longas, foi formado para inspecionar veículos.

"Essa vitória é a vitória da paz e da estabilidade de toda a Venezuela", afirmou Maduro. "Paz, paz, paz!".

Machado convocou os militares a "agir" contra Maduro, a quem acusa de roubar a eleição do ano passado que, segundo ela, foi vencida pelo candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. "Têm a obrigação de fazê-lo", disse em um vídeo no X, publicado da clandestinidade.

Mas as Forças Armadas juraram lealdade a Maduro uma e outra vez, e ele multiplicou seu poder.

- "Desafeição política" -

Não está claro qual será o próximo passo da oposição. A reforma constitucional será debatida no ano que vem, mas exige, por exemplo, que seja aprovada em referendo popular.

"A abstenção (...) só piora sua situação", explicou à AFP o cientista político Pablo Quintero. "Gera um processo de desafeição política, de desilusão, resignação por parte das pessoas".

Henrique Capriles, à frente da ala rebelde da oposição, conquistou um assento no Parlamento e liderará uma bancada que — segundo projeções do analista León — terá entre 15 e 18 deputados, frente aos 236 que o PSUV deve alcançar.

Mas "não são irrelevantes", apontou León. "Cumpriram parcialmente seu objetivo de preservar presença institucional e evitar seu desaparecimento total". Os opositores poderão "continuar seu trabalho político desde dentro e se posicionar como eventuais atores em futuros processos de negociação", comentou.

No entanto, para Quintero, o preço a se pagar com seu capital político será alto. "A oposição precisa de um recomeço".

(L.Kaufmann--BBZ)