Berliner Boersenzeitung - Ex-presidente Kirchner tem condenação de 6 anos de prisão por corrupção confirmada

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Ex-presidente Kirchner tem condenação de 6 anos de prisão por corrupção confirmada
Ex-presidente Kirchner tem condenação de 6 anos de prisão por corrupção confirmada / foto: Luis ROBAYO - AFP

Ex-presidente Kirchner tem condenação de 6 anos de prisão por corrupção confirmada

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner deverá cumprir uma pena de seis anos de prisão e ficará inelegível politicamente de forma perpétua, após a Suprema Corte confirmar nesta terça-feira (10) sua condenação por administração fraudulenta.

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A ex-presidente de centro-esquerda (2007–2015), principal opositora do governo ultraliberal de Javier Milei, foi condenada em 2022 por corrupção, por pagamentos superfaturados e concessão de contratos para obras públicas na província de Santa Cruz (sul) durante sua presidência.

"As sentenças ditadas pelos tribunais anteriores se basearam em abundantes provas produzidas", escreveu o mais alto tribunal argentino em seu veredicto. "Por isso, rejeita-se a queixa" apresentada pela defesa, acrescentou.

A ex-presidente acusou os procuradores e vários dos juízes de parcialidade no chamado "caso Vialidad" e apontou que o governo quer torná-la inelegível.

A defesa de Kirchner, de 72 anos, pode solicitar à Justiça o direito à prisão domiciliar por ter mais de 70 anos. Caso seja concedida, ela poderá cumprir a pena em Buenos Aires ou em Santa Cruz, onde tem residência.

Milei celebrou a decisão: "Justiça. Fim", escreveu no X.

Kirchner, presidente do Partido Justicialista (peronismo), havia anunciado na semana passada que concorreria a uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires, a mais populosa do país, nas eleições legislativas provinciais de 7 de setembro. Se vencesse, obteria foro privilegiado.

A decisão da Corte agora a exclui de qualquer cargo eletivo e obriga a oposição a repensar sua estratégia eleitoral diante das eleições legislativas nacionais de meio de mandato, que ocorrerão em outubro.

- Nas ruas -

Diante da sede do Partido Justicialista, presidido por Kirchner, centenas de simpatizantes receberam a notícia junto à líder peronista, que saiu imediatamente à rua após a divulgação da decisão.

"O poder econômico pode tropeçar uma vez na mesma pedra, mas não duas. E eles sabem que somos os únicos que podemos construir uma alternativa quando isso desabar", disse ela, que também foi vice-presidente entre 2019 e 2023.

Entre a multidão, alguns choravam abraçados. "Sinto raiva e impotência, mas não podemos baixar os braços, jamais podemos baixar os braços", disse Karina Barberis, de 43 anos. "Agora vem um caos total."

- Cenário político -

É "um novo cenário político", disse à AFP o politólogo e historiador Sergio Berensztein.

"Cristina hoje tem uma liderança reduzida, não é a Cristina de 2019 (quando venceu como vice na chapa com Alberto Fernández), mas continua tendo relevância. Sua candidatura como deputada lhe servia pela proteção dos foros", explicou.

A incógnita é saber se sua prisão "pode levar a uma marginalização gradual ou à sua morte lenta como líder política", acrescentou.

No entanto, o analista político Rosendo Fraga estimou que "Cristina vai crescer politicamente", já que sua detenção ajudará a superar as divisões internas que atravessam o principal partido opositor.

"Será difícil para um peronista se posicionar contra ela" caso esteja presa, observou Fraga.

Kirchner é uma crítica ferrenha do governo de Milei, que já afirmou repetidamente que "adoraria cravar o último prego no caixão do kirchnerismo com Cristina dentro".

Colocar a ex-presidente atrás das grades pode contribuir para criar uma narrativa épica dentro do peronismo, mas também para reforçar o apoio a Milei, opinou Lara Goyburu, politóloga da Universidade de Buenos Aires.

"Entre os eleitores de Milei, essa ideia de um governo que cumpre as poucas promessas que fez — entre elas, baixar a inflação e acabar com o kirchnerismo — vai se fortalecer", afirmou.

Kirchner é a segunda mandatária em tempos democráticos a ser condenada, depois de Carlos Saúl Menem (1989–1999), que recebeu uma pena de sete anos de prisão por venda de armas. Agora, ela se torna também a primeira a ir efetivamente para a prisão, já que a condenação de Menem nunca foi confirmada.

(P.Werner--BBZ)