Berliner Boersenzeitung - Machos alfa são raros entre os primatas, afirma estudo

EUR -
AED 4.262113
AFN 79.50284
ALL 97.249292
AMD 444.159749
ANG 2.076747
AOA 1064.076058
ARS 1553.97679
AUD 1.784376
AWG 2.0916
AZN 1.972748
BAM 1.955132
BBD 2.3428
BDT 141.211759
BGN 1.957326
BHD 0.437445
BIF 3459.518162
BMD 1.160389
BND 1.49279
BOB 8.03567
BRL 6.390027
BSD 1.160304
BTN 101.875514
BWP 15.652058
BYN 3.819295
BYR 22743.616342
BZD 2.330764
CAD 1.596584
CDF 3353.523451
CHF 0.936793
CLF 0.028756
CLP 1128.106798
CNY 8.336352
CNH 8.343026
COP 4746.569523
CRC 587.514483
CUC 1.160389
CUP 30.750298
CVE 110.227344
CZK 24.574367
DJF 206.641873
DKK 7.462633
DOP 70.615876
DZD 150.968429
EGP 56.217383
ERN 17.405829
ETB 161.275344
FJD 2.619464
FKP 0.871994
GBP 0.871673
GEL 3.128757
GGP 0.871994
GHS 12.242451
GIP 0.871994
GMD 84.137888
GNF 10063.562093
GTQ 8.903958
GYD 242.77171
HKD 9.108894
HNL 30.498581
HRK 7.533007
HTG 152.267982
HUF 398.265097
IDR 18981.868614
ILS 4.004739
IMP 0.871994
INR 101.788765
IQD 1520.080711
IRR 48881.369753
ISK 142.808948
JEP 0.871994
JMD 185.436651
JOD 0.822699
JPY 171.214753
KES 150.153073
KGS 101.476249
KHR 4648.652298
KMF 493.746958
KPW 1044.289204
KRW 1610.955622
KWD 0.354696
KYD 0.966995
KZT 623.489243
LAK 25104.721828
LBP 103970.85755
LKR 349.090744
LRD 232.656535
LSL 20.671738
LTL 3.426325
LVL 0.701907
LYD 6.314843
MAD 10.526504
MDL 19.708777
MGA 5133.379054
MKD 61.508987
MMK 2436.016594
MNT 4167.460726
MOP 9.381961
MRU 46.285188
MUR 52.948251
MVR 17.885686
MWK 2012.133997
MXN 21.741342
MYR 4.90885
MZN 74.218639
NAD 20.671738
NGN 1776.949608
NIO 42.695414
NOK 11.851826
NPR 162.998317
NZD 1.956624
OMR 0.446176
PAB 1.160364
PEN 4.12609
PGK 4.818354
PHP 66.727564
PKR 329.475345
PLN 4.278311
PYG 8691.030976
QAR 4.230255
RON 5.076353
RSD 117.187659
RUB 93.026499
RWF 1678.527839
SAR 4.354292
SBD 9.566433
SCR 17.092336
SDG 696.736407
SEK 11.192975
SGD 1.492764
SHP 0.911883
SLE 26.800702
SLL 24332.773094
SOS 663.190587
SRD 42.898988
STD 24017.700974
STN 24.491633
SVC 10.152532
SYP 15086.644004
SZL 20.667939
THB 37.564677
TJS 10.849748
TMT 4.072964
TND 3.419932
TOP 2.717749
TRY 47.184305
TTD 7.866516
TWD 34.748769
TZS 2860.358095
UAH 48.273709
UGX 4142.584813
USD 1.160389
UYU 46.564093
UZS 14533.035235
VES 147.312277
VND 30431.190743
VUV 138.230271
WST 3.216023
XAF 655.766885
XAG 0.030691
XAU 0.000345
XCD 3.136008
XCG 2.091186
XDR 0.817974
XOF 655.732989
XPF 119.331742
YER 278.89951
ZAR 20.679227
ZMK 10444.889923
ZMW 26.718254
ZWL 373.644652
Anúncio Imagem
Machos alfa são raros entre os primatas, afirma estudo
Machos alfa são raros entre os primatas, afirma estudo / foto: PATRICK HERTZOG - AFP/Arquivos

Machos alfa são raros entre os primatas, afirma estudo

Um estudo publicado nesta segunda-feira (7) refuta a ideia de uma dominância masculina amplamente difundida entre os primatas, o que oferece uma visão muito mais relativizada das relações entre os sexos opostos em macacos e lêmures.

Anúncio Imagem

Tamanho do texto:

"Durante muito tempo mantivemos uma visão completamente binária sobre a questão: pensava-se que uma espécie era dominada por machos ou por fêmeas, e que isso era um traço fixo. Recentemente, essa ideia foi questionada por estudos que mostraram que é muito mais complicado”, explica à AFP a primatologista Elise Huchard, primeira autora do estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

"Estamos apenas começando a nos perguntar sobre os fatores que influenciam essa flexibilidade", como a demografia do grupo ou a proporção macho/fêmea, afirma a pesquisadora do CNRS que trabalha na Universidade de Montpellier (sul da França).

Juntamente com colegas franceses e alemães, a especialista em babuínos-chacma explorou a literatura científica em busca de interações que pudessem revelar uma relação hierárquica entre primatas: agressão, ameaças ou comportamentos ritualizados de dominação-submissão, como quando um indivíduo sai espontaneamente do caminho de outro.

Um "trabalho de formiga" de cinco anos permitiu reunir dados de 253 populações que representam 121 espécies (lêmures, macacos, társios, lóris...).

Os especialistas descobriram que os enfrentamentos entre indivíduos de sexos opostos são muito mais frequentes do que se imaginava: em média, mais da metade desse tipo de interação dentro de um grupo envolvem uma fêmea e um macho.

O poderio dos machos sobre as fêmeas, que se traduz em mais de 90% dos enfrentamentos vencidos, um traço comum entre babuínos e chimpanzés, só foi observado em 17% dos casos analisados.

A dominação feminina foi observada em 13% dos casos, incluindo lêmures e bonobos.

Na grande maioria das espécies, os enfrentamentos podiam ser vencidos tanto por machos quanto por fêmeas.

- Controle reprodutivo -

Nos casos em que a dominação masculina é especialmente relevante, esse poderio é observado sobretudo nas espécies em que os machos têm uma clara superioridade física, seja por serem maiores ou por terem caninos mais desenvolvidos.

Ou ainda em espécies terrestres, nas quais as fêmeas têm menos facilidade para fugir ou se esconder em comparação com as que vivem nas árvores.

Em contrapartida, as fêmeas tendem a dominar nas sociedades onde exercem forte controle sobre a reprodução.

As fêmeas de babuínos, por exemplo, apresentam uma tumescência que aumenta durante a ovulação. Nesse período de alguns dias, o macho "resguarda" a fêmea, seguindo-a constantemente para garantir que nenhum outro competidor copule com ela.

Entre os bonobos, esse alteração nos tecidos "não é evidente", explica Huchard.

"Os machos nunca sabem quando (as fêmeas) estão ovulando. Portanto, elas podem copular com quem quiserem e quando quiserem com muito mais facilidade", continua. Isso lhes confere muito mais poder sobre os machos.

A dominância das fêmeas também é mais comum onde existe uma forte competição entre elas, particularmente quando "o macho cuida das crias".

"Monopolizá-lo se torna, então, um grande desafio", detalha a pesquisadora.

Nessas sociedades, as fêmeas costumam ser solitárias ou só aceitam a presença de um macho ao seu lado.

Com isso, surge uma monogamia muito ligada à dominância das fêmeas.

Podemos extrapolar esses resultados para os humanos? Nossas origens evolutivas (diferenças físicas entre os sexos, flexibilidade nos sistemas de acasalamento...) "não são necessariamente muito deterministas" no que diz respeito às relações homem-mulher, avalia Huchard.

Isto nos colocaria mais na categoria dos primatas sem dominância estrita de um ou outro sexo.

"Esses resultados corroboram muito bem o que sabemos sobre as relações homem-mulher entre caçadores-coletores, que são mais igualitárias do que nas sociedades de agricultores que surgiram posteriormente", afirma, destacando a importância de uma perspectiva interdisciplinar sobre o tema.

(K.Müller--BBZ)

Anúncio Imagem