Berliner Boersenzeitung - Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

EUR -
AED 4.200937
AFN 80.072053
ALL 97.739653
AMD 438.569241
ANG 2.047197
AOA 1048.947407
ARS 1358.357969
AUD 1.760481
AWG 2.059003
AZN 1.937068
BAM 1.958574
BBD 2.309842
BDT 139.816216
BGN 1.955115
BHD 0.431236
BIF 3363.037533
BMD 1.14389
BND 1.469637
BOB 7.904955
BRL 6.388651
BSD 1.144106
BTN 98.079929
BWP 15.274168
BYN 3.743889
BYR 22420.250221
BZD 2.297985
CAD 1.563326
CDF 3295.547961
CHF 0.938385
CLF 0.027745
CLP 1064.687418
CNY 8.208576
CNH 8.211594
COP 4697.099616
CRC 582.232365
CUC 1.14389
CUP 30.313093
CVE 110.556735
CZK 24.804348
DJF 203.292901
DKK 7.459961
DOP 67.713276
DZD 150.354113
EGP 56.774824
ERN 17.158355
ETB 153.394047
FJD 2.57118
FKP 0.843149
GBP 0.842904
GEL 3.123047
GGP 0.843149
GHS 11.724328
GIP 0.843149
GMD 80.642526
GNF 9900.370288
GTQ 8.791338
GYD 239.702203
HKD 8.975081
HNL 29.752248
HRK 7.534915
HTG 149.680059
HUF 403.370411
IDR 18595.195389
ILS 3.990044
IMP 0.843149
INR 98.25961
IQD 1498.496316
IRR 48157.782467
ISK 144.392909
JEP 0.843149
JMD 182.428409
JOD 0.811014
JPY 164.460508
KES 148.103999
KGS 100.03304
KHR 4600.726914
KMF 492.447923
KPW 1029.498794
KRW 1552.270296
KWD 0.350671
KYD 0.953321
KZT 583.608823
LAK 24685.152519
LBP 51126.951544
LKR 342.224289
LRD 228.096428
LSL 20.306999
LTL 3.377611
LVL 0.691928
LYD 6.228491
MAD 10.465483
MDL 19.751373
MGA 5124.628924
MKD 61.530127
MMK 2401.867099
MNT 4093.338663
MOP 9.246815
MRU 45.326632
MUR 51.898441
MVR 17.621597
MWK 1985.220614
MXN 21.913975
MYR 4.839001
MZN 73.152051
NAD 20.307265
NGN 1787.322687
NIO 42.106174
NOK 11.530992
NPR 156.934355
NZD 1.894831
OMR 0.439817
PAB 1.143985
PEN 4.147175
PGK 4.693668
PHP 63.690627
PKR 322.74823
PLN 4.280609
PYG 9136.942453
QAR 4.164852
RON 5.049357
RSD 117.171023
RUB 88.365648
RWF 1624.324251
SAR 4.290183
SBD 9.540536
SCR 16.438424
SDG 686.334287
SEK 10.96114
SGD 1.471472
SHP 0.898918
SLE 25.909233
SLL 23986.808255
SOS 653.770853
SRD 42.25758
STD 23676.220065
SVC 10.010179
SYP 14873.174061
SZL 20.315182
THB 37.308556
TJS 11.31418
TMT 4.015055
TND 3.391666
TOP 2.679104
TRY 44.93645
TTD 7.742068
TWD 34.217877
TZS 3048.467476
UAH 47.403647
UGX 4151.826607
USD 1.14389
UYU 47.61745
UZS 14641.79605
VES 112.443417
VND 29808.065836
VUV 138.223024
WST 3.153815
XAF 656.867352
XAG 0.031795
XAU 0.00034
XCD 3.091421
XDR 0.819925
XOF 655.449426
XPF 119.331742
YER 278.323026
ZAR 20.311935
ZMK 10296.378489
ZMW 29.82934
ZWL 368.332215
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: JOSEPH EID, ANWAR AMRO - AFP

Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

(H.Schneide--BBZ)