Berliner Boersenzeitung - Suprema Corte do México debate invalidação da eleição popular de juízes

EUR -
AED 4.328996
AFN 77.841091
ALL 96.56908
AMD 448.120599
ANG 2.110454
AOA 1080.922162
ARS 1711.263636
AUD 1.762143
AWG 2.124714
AZN 2.005137
BAM 1.958075
BBD 2.365627
BDT 143.546764
BGN 1.957253
BHD 0.444487
BIF 3470.761563
BMD 1.178759
BND 1.515774
BOB 8.13445
BRL 6.595632
BSD 1.174505
BTN 105.30204
BWP 15.491895
BYN 3.416205
BYR 23103.684451
BZD 2.362224
CAD 1.616462
CDF 2663.996409
CHF 0.929246
CLF 0.027339
CLP 1072.494333
CNY 8.299586
CNH 8.270388
COP 4471.541312
CRC 585.585265
CUC 1.178759
CUP 31.237124
CVE 110.393248
CZK 24.324113
DJF 209.154593
DKK 7.469863
DOP 73.51603
DZD 152.671689
EGP 55.945453
ERN 17.681391
ETB 182.065557
FJD 2.684565
FKP 0.875973
GBP 0.872223
GEL 3.164967
GGP 0.875973
GHS 13.421592
GIP 0.875973
GMD 86.641572
GNF 10269.017035
GTQ 9.001457
GYD 245.765515
HKD 9.16786
HNL 30.964235
HRK 7.538399
HTG 153.809339
HUF 390.397459
IDR 19779.582913
ILS 3.767445
IMP 0.875973
INR 105.663952
IQD 1538.887786
IRR 49625.77061
ISK 147.993336
JEP 0.875973
JMD 187.497824
JOD 0.835761
JPY 183.539912
KES 151.947443
KGS 103.081941
KHR 4712.494678
KMF 493.900526
KPW 1060.837509
KRW 1745.860227
KWD 0.361915
KYD 0.978937
KZT 605.743716
LAK 25444.559937
LBP 105181.416456
LKR 363.692516
LRD 207.893299
LSL 19.621095
LTL 3.48057
LVL 0.713019
LYD 6.373539
MAD 10.753693
MDL 19.888105
MGA 5291.429022
MKD 61.552358
MMK 2475.212378
MNT 4188.615156
MOP 9.413536
MRU 46.823794
MUR 54.199636
MVR 18.223318
MWK 2036.68965
MXN 21.158319
MYR 4.791624
MZN 75.275672
NAD 19.621095
NGN 1713.904465
NIO 43.230589
NOK 11.867137
NPR 168.507191
NZD 2.020205
OMR 0.453242
PAB 1.174765
PEN 3.955896
PGK 4.997849
PHP 69.370426
PKR 329.022278
PLN 4.221721
PYG 7936.142507
QAR 4.293788
RON 5.084929
RSD 117.392991
RUB 92.828091
RWF 1710.987721
SAR 4.421061
SBD 9.603057
SCR 16.169718
SDG 709.017246
SEK 10.851795
SGD 1.515224
SHP 0.884375
SLE 28.34946
SLL 24717.999784
SOS 670.178573
SRD 45.272023
STD 24397.939897
STN 24.528704
SVC 10.278941
SYP 13033.419542
SZL 19.613123
THB 36.671877
TJS 10.807355
TMT 4.125658
TND 3.436092
TOP 2.83817
TRY 50.478133
TTD 7.986278
TWD 37.11795
TZS 2912.094468
UAH 49.438724
UGX 4232.917545
USD 1.178759
UYU 46.043491
UZS 14092.371658
VES 332.598343
VND 31039.682184
VUV 143.268121
WST 3.281648
XAF 656.719937
XAG 0.016967
XAU 0.000263
XCD 3.185656
XCG 2.11716
XDR 0.816638
XOF 656.630705
XPF 119.331742
YER 281.137448
ZAR 19.667245
ZMK 10610.245676
ZMW 26.545235
ZWL 379.560049
Suprema Corte do México debate invalidação da eleição popular de juízes
Suprema Corte do México debate invalidação da eleição popular de juízes / foto: Silvana FLORES - AFP

Suprema Corte do México debate invalidação da eleição popular de juízes

A Suprema Corte do México debate, nesta terça-feira (5), se invalida parcialmente a eleição popular de juízes, aprovada pelo Congresso e defendida pelo governo para combater a corrupção, mas que, segundo seus críticos, afetará a independência dos magistrados e os deixará à mercê do crime organizado.

Tamanho do texto:

Este inédito choque entre os poderes ameaça desencadear uma crise institucional, já que a presidente mexicana, a esquerdista Claudia Sheinbaum, advertiu que as votações previstas para 2025 e 2027 não têm volta.

Oito dos 11 integrantes da Corte são contrários à reforma que transformou o México no primeiro país a eleger todos os seus juízes nas urnas.

Para anular este artigo são necessários oito votos, mas ainda que não se alcance esta maioria, uma anulação pelo Supremo não terá efeito, pois o Congresso retirou a autoridade do mais alto tribunal mexicano para revisar emendas constitucionais.

O governo Sheinbaum, que tomou posse em 1º de outubro, acusa o Poder Judiciário de servir à elite conservadora, enquanto a oposição afirma que a reforma acabará com a separação de poderes.

Estados Unidos e Canadá, parceiros do México no acordo comercial T-MEC, alertam que a eleição popular minará a independência dos juízes e os deixará à mercê do crime organizado.

Durante o debate, três ministros validaram o argumento de Sheinbaum de que o Supremo carece de faculdades para anular mudanças na Constituição aprovadas pelo Congresso, de maioria governista.

"Quem está violando a Constituição é a [Suprema] Corte", afirmou Sheinbaum nesta terça, em sua coletiva de imprensa habitual. "Estamos preparados para uma ou outra" decisão, reforçou.

Os oito juízes contrários à reforma renunciaram na semana passada, como estabeleceu a emenda para aqueles que se recusam a participar das eleições. As saídas, porém, serão efetivas apenas em agosto de 2025.

A controvérsia ocorre ainda em um momento de incerteza em relação às eleições presidenciais nos Estados Unidos, o principal parceiro econômico do México.

- Nada a negociar -

Dezenas de funcionários do Judiciário se concentraram em frente à sede do Supremo, no centro da capital, para apoiar o projeto do ministro Juan Luis González, que modifica em parte a reforma.

"A reforma deve cair [...] porque o México vai afundar ainda mais no narcotráfico, na pobreza, na corrupção de juízes colocados pelo Morena [o partido do governo]", disse à AFP María Ortiz, de 54 anos, secretária do tribunal.

O texto propõe a manutenção da eleição popular dos membros do Supremo, mas não a dos juízes dos tribunais inferiores, porque, afirma, a carreira no Judiciário garante a independência dos tribunais.

"Não existe um regime democrático sem que haja uma divisão de poderes efetiva", alerta a proposta, que preserva a eleição do principal tribunal como um ato de "autocontenção" para resolver a disputa.

Contudo, Sheinbaum insistiu na segunda-feira que "não se pode negociar o que o povo decidiu (...) e o que já é parte da Constituição".

O rascunho da sentença, que responde às impugnações apresentadas pelos partidos de oposição, também alerta sobre as dificuldades para que os cidadãos possam exercer um voto informado.

Mas os próprios especialistas estão divididos. "O conteúdo de uma reforma constitucional não é impugnável", afirma Diego Valadés, ex-ministro da Corte.

Já o constitucionalista Francisco Burgoa alerta que o México enfrentará uma "grave crise sem precedentes" se Sheinbaum insistir em aplicar a reforma ignorando uma decisão adversa do Supremo.

A reforma foi promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, após a Suprema Corte ter derrubado reformas como uma que autorizava a participação militar na segurança pública e outra que reforçava o papel do Estado no setor elétrico.

López Obrador e Sheinbaum consideram que o Poder Judiciário está mergulhado na corrupção, em uma impunidade quase total e no nepotismo.

Mas os críticos da reforma alegam que a situação não será solucionada apenas com a mudança dos juízes, e sim melhorando as capacidades de investigação do Ministérios Públicos.

- Impacto econômico -

Antecipando uma decisão desfavorável, o Congresso modificou na semana passada um artigo constitucional para impedir que a Suprema Corte possa revisar as mudanças na Carta Magna.

Um choque institucional "não seria uma boa notícia para a economia, mas o impacto da reforma já foi precificado pelos mercados financeiros mexicanos", disse à AFP Kimberley Sperrfechter, economista da empresa britânica Capital Economics.

A especialista considera que este efeito abarca o clima de negócios e a segurança jurídica para os investidores, além de criar tensões na revisão do T-MEC em 2026.

O investimento estrangeiro direto no México superou em 2023 os 36 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 174 bilhões, na cotação da época), enquanto o país espera se beneficiar da realocação de empresas em suas regiões de fronteira com os Estados Unidos.

(T.Burkhard--BBZ)