Berliner Boersenzeitung - Tráfico, apagões, baixo crescimento: Equador em apuros antes de novas eleições

EUR -
AED 4.333353
AFN 77.919498
ALL 96.666351
AMD 448.571977
ANG 2.11258
AOA 1082.011069
ARS 1712.98824
AUD 1.763088
AWG 2.126854
AZN 2.025469
BAM 1.960047
BBD 2.36801
BDT 143.691354
BGN 1.956122
BHD 0.444874
BIF 3474.257556
BMD 1.179947
BND 1.517301
BOB 8.142644
BRL 6.592724
BSD 1.175688
BTN 105.408108
BWP 15.507499
BYN 3.419646
BYR 23126.956092
BZD 2.364603
CAD 1.617654
CDF 2666.679794
CHF 0.929231
CLF 0.027209
CLP 1067.651204
CNY 8.307946
CNH 8.278843
COP 4474.027651
CRC 586.175107
CUC 1.179947
CUP 31.268589
CVE 110.504444
CZK 24.321122
DJF 209.365268
DKK 7.470903
DOP 73.590081
DZD 152.980489
EGP 56.036264
ERN 17.699201
ETB 182.248946
FJD 2.68727
FKP 0.876855
GBP 0.87352
GEL 3.168182
GGP 0.876855
GHS 13.435112
GIP 0.876855
GMD 86.721894
GNF 10279.360704
GTQ 9.010524
GYD 246.013068
HKD 9.177708
HNL 30.995424
HRK 7.53809
HTG 153.964266
HUF 390.965917
IDR 19818.385435
ILS 3.764903
IMP 0.876855
INR 105.615858
IQD 1540.437861
IRR 49675.757575
ISK 147.823328
JEP 0.876855
JMD 187.686684
JOD 0.836578
JPY 183.999127
KES 152.094636
KGS 103.18626
KHR 4717.241431
KMF 494.397688
KPW 1061.906058
KRW 1747.902117
KWD 0.362421
KYD 0.979923
KZT 606.353863
LAK 25470.189472
LBP 105287.36251
LKR 364.058852
LRD 208.102704
LSL 19.640858
LTL 3.484076
LVL 0.713738
LYD 6.379959
MAD 10.764525
MDL 19.908137
MGA 5296.758919
MKD 61.560742
MMK 2477.705585
MNT 4192.834221
MOP 9.423018
MRU 46.870958
MUR 54.241958
MVR 18.24174
MWK 2038.741146
MXN 21.172376
MYR 4.795303
MZN 75.364268
NAD 19.640858
NGN 1716.373708
NIO 43.274134
NOK 11.876624
NPR 168.676923
NZD 2.021095
OMR 0.453692
PAB 1.175948
PEN 3.95988
PGK 5.002883
PHP 69.435116
PKR 329.353692
PLN 4.231678
PYG 7944.136342
QAR 4.298113
RON 5.089349
RSD 117.412973
RUB 92.331647
RWF 1712.711147
SAR 4.425657
SBD 9.61273
SCR 16.186219
SDG 709.746945
SEK 10.831982
SGD 1.516296
SHP 0.885266
SLE 28.377331
SLL 24742.897476
SOS 670.853623
SRD 45.317621
STD 24422.515203
STN 24.553411
SVC 10.289295
SYP 13046.547711
SZL 19.632879
THB 36.707903
TJS 10.818241
TMT 4.129814
TND 3.439553
TOP 2.841029
TRY 50.53614
TTD 7.994322
TWD 37.143521
TZS 2910.602925
UAH 49.488522
UGX 4237.181235
USD 1.179947
UYU 46.089869
UZS 14106.566477
VES 332.933359
VND 31069.177595
VUV 143.412431
WST 3.284953
XAF 657.381431
XAG 0.016936
XAU 0.000263
XCD 3.188865
XCG 2.119292
XDR 0.81746
XOF 657.292109
XPF 119.331742
YER 281.431348
ZAR 19.691898
ZMK 10620.929206
ZMW 26.571974
ZWL 379.942369
Tráfico, apagões, baixo crescimento: Equador em apuros antes de novas eleições
Tráfico, apagões, baixo crescimento: Equador em apuros antes de novas eleições / foto: Rodrigo BUENDIA - AFP/Arquivos

Tráfico, apagões, baixo crescimento: Equador em apuros antes de novas eleições

A violência do narcotráfico, a turbulência política, uma economia vacilante e os apagões que duram até 14 horas por dia marcam o período eleitoral para as eleições presidenciais de fevereiro no Equador, nas quais o presidente Daniel Noboa tenta a reeleição.

Tamanho do texto:

A pior seca das últimas seis décadas colocou em xeque as usinas hidrelétricas, que atendem a 70% da demanda, o abastecimento de água potável e a produção agrícola. A vida cotidiana é um pesadelo para muitos equatorianos.

“O que o Equador está vivendo é uma crise multidimensional que se expressa em termos econômicos, elétricos e políticos”, disse à AFP Fernando Carrion, pesquisador político da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito.

A nação de 17 milhões de habitantes deixou de ser, há vários anos, uma ilha de paz entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de coca do mundo. Transformada em um centro internacional de operações para o tráfico de drogas e o crime organizado, a taxa de homicídios subiu de seis por 100.000 habitantes em 2018 para um recorde de 47 em 2023.

Noboa aplicou uma política de mão de ferro e conseguiu reduzi-la para 33, mas a sensação de insegurança persiste. E o fantasma dos massacres nas prisões voltou, com 17 mortes no último confronto.

O presidente está governando há um ano sem maioria no Congresso e se distanciou de sua vice-presidente Verónica Abad, que foi embaixadora em Israel e foi suspensa por cinco meses pelo Ministério do Trabalho por “abandono injustificado” de suas funções.

Essa decisão a impedirá de substituir Noboa em janeiro, quando ele iniciar sua campanha para a reeleição. Abad, que acusa Noboa de “perseguição”, retornou ao Equador na quarta-feira em “um ato de rebelião”.

“Há desafios por todos os lados”, disse o analista político e econômico Alberto Acosta Burneo, da consultoria Spurrier Group.

- “Tempos frustrantes” -

A economia do Equador, dolarizada e dependente da estagnação da produção de petróleo, também está imersa em incertezas. Antes dos apagões, que já duram dois meses, o país já estava em uma “fase muito baixa de crescimento”, observou Acosta Burneo.

Os cortes de energia começaram em abril e se intensificaram em setembro devido à escassez de chuvas, associada à mudança climática, de acordo com a ministra de Energia, Inés Manzano.

O governo planeja estendê-los até pelo menos dezembro, a um “custo muito alto” para o país, disse Acosta Burneo.

O Equador havia estimado anteriormente um crescimento de 0,9% em 2024, em comparação com 2,4% em 2023. O FMI prevê apenas 0,3%.

Os apagões deixam prejuízos de 1,44 bilhão de dólares (8,31 bilhões de reais - 1% do PIB), de acordo com associações empresariais, que estimam o custo de cada hora sem eletricidade em 12 milhões de dólares (69 milhões de reais).

“É um momento muito frustrante”, reconheceu Noboa, um empresário que se autodenomina de centro-esquerda.

O índice de aprovação de Noboa caiu de 85% em janeiro para 42% em outubro, de acordo com a Opinion Profiles. Seu mandato de 18 meses termina em maio de 2025, como substituto do direitista Guillermo Lasso (2021-2023).

Sem completar seu mandato de quatro anos, Lasso dissolveu o Congresso e convocou eleições antecipadas para evitar um julgamento de impeachment que buscasse sua remoção.

A pesquisa mais recente da empresa Comunicaliza mostra que o mandatário caiu pelo menos seis pontos nas intenções de voto. Embora ele ainda esteja em primeiro lugar, com 27,5%, seguido pela esquerdista Luisa González (26,7%).

“Essas diferentes crises estão atingindo (Noboa) e provavelmente a que o atinge com mais força (...) é a crise energética”, disse Carrión.

- Popularidade atingida -

Após um ataque do narcotráfico em janeiro, o governante respondeu com políticas duras contra cerca de 20 organizações ligadas a cartéis internacionais.

Ele declarou que o país estava em um conflito armado interno, colocou as Forças Armadas nas ruas e nas prisões e deu às gangues o status de “terroristas” e “beligerantes” para enfrentá-las implacavelmente.

Sua estratégia reduziu os homicídios e aumentou as apreensões de drogas para 262 toneladas até agora neste ano, em comparação com 219 toneladas em 2023.

Entretanto, a população “tem uma percepção muito alta de insegurança, o que faz com que o presidente perca apoio”, disse Carrión.

Noboa admitiu que a crise de eletricidade “afetou” sua popularidade.

Os sequestros e a extorsão também estão sangrando o país. “Tudo isso prejudicou a legitimidade do presidente e suas aspirações” à reeleição, disse Carrión.

Sob o fantasma do magnicídio, alguns candidatos à presidência relatam ameaças.

Mais de 30 políticos foram assassinados desde o ano passado, incluindo o candidato presidencial Fernando Villavicencio (centro), que foi baleado ao sair de um comício em Quito na véspera do primeiro turno em 9 de agosto de 2023.

(B.Hartmann--BBZ)