Berliner Boersenzeitung - Marcha do Orgulho em Budapeste tem participação recorde, apesar da proibição de Orban

EUR -
AED 4.303228
AFN 81.923031
ALL 97.909719
AMD 450.171953
ANG 2.096976
AOA 1074.487442
ARS 1469.906879
AUD 1.794206
AWG 2.109136
AZN 1.999097
BAM 1.952812
BBD 2.36751
BDT 142.865081
BGN 1.956194
BHD 0.441689
BIF 3493.476377
BMD 1.171742
BND 1.499089
BOB 8.09162
BRL 6.38623
BSD 1.172657
BTN 100.430197
BWP 15.654757
BYN 3.837305
BYR 22966.148894
BZD 2.355312
CAD 1.60343
CDF 3381.648779
CHF 0.932675
CLF 0.028783
CLP 1104.543443
CNY 8.406137
CNH 8.419173
COP 4747.466217
CRC 592.777215
CUC 1.171742
CUP 31.051171
CVE 110.844284
CZK 24.62897
DJF 208.806749
DKK 7.460554
DOP 70.355427
DZD 151.979693
EGP 58.199616
ERN 17.576134
ETB 162.732892
FJD 2.633784
FKP 0.863301
GBP 0.861412
GEL 3.175237
GGP 0.863301
GHS 12.189053
GIP 0.863301
GMD 83.77774
GNF 10169.893454
GTQ 9.00046
GYD 245.007696
HKD 9.198218
HNL 30.661649
HRK 7.536664
HTG 153.898122
HUF 400.449921
IDR 19043.155705
ILS 3.925073
IMP 0.863301
INR 100.421007
IQD 1536.081823
IRR 49359.64357
ISK 143.011291
JEP 0.863301
JMD 187.151234
JOD 0.830746
JPY 171.786824
KES 151.507599
KGS 102.468664
KHR 4708.024801
KMF 492.716372
KPW 1054.5423
KRW 1612.756825
KWD 0.357885
KYD 0.977198
KZT 609.283796
LAK 25260.767597
LBP 105061.138103
LKR 352.496985
LRD 235.101302
LSL 20.85478
LTL 3.45985
LVL 0.708775
LYD 6.333688
MAD 10.551579
MDL 19.845889
MGA 5178.92726
MKD 61.542715
MMK 2460.081593
MNT 4204.866527
MOP 9.481136
MRU 46.568354
MUR 53.067974
MVR 18.04166
MWK 2033.178856
MXN 21.792886
MYR 4.981087
MZN 74.944607
NAD 20.85478
NGN 1795.296721
NIO 43.151062
NOK 11.826043
NPR 160.688716
NZD 1.952949
OMR 0.450535
PAB 1.171018
PEN 4.153238
PGK 4.916982
PHP 66.250171
PKR 333.35795
PLN 4.239311
PYG 9345.064305
QAR 4.265851
RON 5.076338
RSD 117.128528
RUB 91.628726
RWF 1694.34904
SAR 4.394767
SBD 9.768727
SCR 17.19417
SDG 703.628272
SEK 11.143369
SGD 1.500779
SHP 0.920805
SLE 26.369196
SLL 24570.854255
SOS 670.161186
SRD 43.733523
STD 24252.699675
SVC 10.259875
SYP 15235.145419
SZL 20.846682
THB 38.323037
TJS 11.262367
TMT 4.112815
TND 3.415494
TOP 2.744335
TRY 46.925742
TTD 7.955352
TWD 34.175011
TZS 3069.964632
UAH 48.977755
UGX 4209.559576
USD 1.171742
UYU 47.019267
UZS 14863.921153
VES 131.572362
VND 30626.414118
VUV 139.793453
WST 3.226231
XAF 655.821156
XAG 0.03215
XAU 0.000356
XCD 3.166692
XDR 0.815631
XOF 655.821156
XPF 119.331742
YER 283.385812
ZAR 20.926173
ZMK 10547.081684
ZMW 28.405116
ZWL 377.300539
Marcha do Orgulho em Budapeste tem participação recorde, apesar da proibição de Orban
Marcha do Orgulho em Budapeste tem participação recorde, apesar da proibição de Orban / foto: Attila KISBENEDEK - AFP

Marcha do Orgulho em Budapeste tem participação recorde, apesar da proibição de Orban

Com bandeiras do arco-íris tremulando bem alto, dezenas de milhares de pessoas participaram, neste sábado (28), da Marcha do Orgulho em Budapeste, proibida pelo governo húngaro e transformada em um ato de desafio ao primeiro-ministro ultraconservador Viktor Orban.

Tamanho do texto:

Embora não haja números oficiais disponíveis, os organizadores estimaram que cerca de 200 mil as pessoas que compareceram à marcha, uma participação muito superior ao recorde anterior, de 35 mil.

Para Orban e seu partido, o Fidesz, "este sucesso significativo do Pride [Orgulho] é muito embaraçoso" e terá "repercussões" políticas, disse à AFP o analista Szabolcs Pek.

A manifestação começou por volta das 15h locais (10h em Brasília) perto da Prefeitura da capital húngara, decorada com as cores do arco-íris e sob um sol escaldante. Quatro horas depois, ainda não havia terminado.

Entre os participantes, muitos contaram que era sua primeira vez em uma Marcha do Orgulho, como Zoltan, de 66 anos. "Estou orgulhoso de ser gay e tenho muito medo de que o governo queira nos humilhar. Estou surpreso que haja tantas pessoas", afirmou ele, emocionado.

Marcell Szanto, um estudante de 22 anos e "aliado heterossexual" da comunidade LGBTQIA+, citou uma "experiência formidável", longe do "ódio que costuma caracterizar o ambiente na Hungria".

- Câmeras de vigilância -

A fim de evitar imagens de repressão violenta, Orban descartou qualquer intervenção das forças de segurança. Mas ao mesmo tempo, ameaçou gays, lésbicas e pessoas trans com consequências legais.

Toda a Europa está de olho neste país de 9,6 milhões de habitantes. Bruxelas condenou a proibição, uma repressão inédita dos direitos LGBTQIA+ na União Europeia.

Akos Horvath, um estudante de 18 anos que viajou para a capital da Hungria de uma cidade no sul do país, afirmou que participar da marcha tem "uma importância simbólica". "Não se trata apenas de representar as pessoas gays, mas de defender os direitos do povo húngaro", declarou à AFP.

Trinta e três países apoiaram a Marcha, mas o ministro da Justiça húngaro advertiu os diplomatas na capital que se participarem de um evento proibido terão que enfrentar as consequências.

Dezenas de eurodeputados também compareceram, em aberto desafio à proibição.

As autoridades instalaram câmeras ao longo do trajeto da marcha, equipadas com sistemas de reconhecimento facial.

O governo advertiu que as multas podem chegar a 500 euros (R$ 3,2 mil, na cotação atual) e que organizar uma marcha proibida ou convocar a participação na mesma pode ser punido com até um ano de prisão.

Vários grupos de extrema direita anunciaram contramanifestações no mesmo trajeto da Marcha do Orgulho, onde colocaram uma cruz de madeira adornada com mensagens de protesto. Estas manifestações foram autorizadas pelo governo.

- Gol contra -

"Obrigado, Viktor Orban, por promover uma sociedade mais tolerante", ironizou no Facebook o prefeito de Budapeste, Gergely Karacsony (centro-esquerda), que manteve o ato, argumentando que um evento municipal não precisa de autorização do governo central.

"Em vez de marcar pontos", o governo "marcou um enorme gol" contra ao tentar impedir o evento de hoje, apontou outro opositor, Peter Magyar, que lidera as pesquisas para as eleições legislativas de 2026.

Segundo o analista político Daniel Mikecz, o governo tenta "intimidar as pessoas", sem levar em conta que a proibição da marcha viola os tratados europeus assinados pela Hungria quando o país se uniu à União Europeia, em 2004.

O governo assegura que os menores não devem ser expostos à homossexualidade e à transidentidade ou ao que qualifica de "depravação".

O Executivo húngaro aprovou, em março, uma lei que proíbe marchas como as do Orgulho e também emendou a Constituição para restringir os direitos LGBTQIA+, em nome dos direitos das crianças.

Encorajado pela ofensiva do presidente americano, Donald Trump, contra os programas de promoção da diversidade, Orban esperava "polarizar a sociedade", de acordo com cientistas políticos, um método que em outras ocasiões lhe deu bons resultados.

Antes de Orban voltar ao poder, em 2010, a Hungria era um dos países mais progressistas da região.

A homossexualidade havia sido descriminalizada no começo da década de 1960 e a união civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida em 1996. Mas Orban foi mudando gradualmente a situação.

"Repugnante... Virou moda isso de nos exibirmos", declarou à AFP uma mulher que se identificou apenas como Katalin, a favor da proibição imposta pelo governo.

As marchas do Orgulho costumam ser realizadas em junho, em comemoração aos chamados distúrbios de Stonewall, ocorridos em Nova York em 28 de junho de 1969, após uma operação policial em um bar gay.

(G.Gruner--BBZ)